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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (186)

O novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais inventou uma nova linha de argumentação para justificar todas as decisões políticas. É para "cumprir Abril".    (António Costa,ECO)

Já sabíamos, ao fim de sete anos de Governo, que António Costa não gosta de empresas. Este rancor não se dirige a todos as empresas, mas a um tipo específico, aquele que engloba as grandes empresas, as que têm lucros e que por isso são independentes da decisão do primeiro-ministro. Mas a primeira intervenção do novo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais leva esta raiva a um novo patamar, impensável, que nos faz regressar por momentos ao período das nacionalizações.

O novo governante Nuno Félix encontrou agora uma nova linha de argumentação para aumentar os impostos, e esta servirá para tudo. O Governo dirá que está a “cumprir Abril” quando interfere em negócios privados, quando rasga contratos, quando ameaça gestores em público, quando cria taxas e taxinhas. Quando cria novos impostos a que chama “contribuição de solidariedade”, uma designação bondosa e ao mesmo tempo uma tentativa de pressionar os que criticam esta engenharia fiscal com uma certa moralidade. Para “cumprir Abril”, claro. Habituem-se.

Natal

 
Mais uma vez, cá vimos
Festejar o teu novo nascimento,
Nós, que, parece, nos desiludimos
Do teu advento!

Cada vez o teu Reino é menos deste mundo!
Mas vimos, com as mãos cheias dos nossos pomos,
Festejar-te, — do fundo
Da miséria que somos.
(...)
Tais somos, os que, por costume,
Vimos, mais uma vez,
Aquecer-nos ao lume
Que do teu frio e solidão nos dês.

Como é que ainda tens a infinita paciência
De voltar, — e te esqueces
De que a nossa indigência
Recusa Tudo que lhe ofereces?

Mas, se um ano tu deixas de nascer,
Se de vez se nos cala a tua voz,
Se enfim por nós desistes de morrer,
Jesus recém-nascido!, o que será de nós?!

(José Régio)