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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

*Primo do ministro do Ambiente demitiu-se após nomeação. Carlos Martins desconhecia relação familiar


*Filho de António Costa na direção de campanha das eleições europeias

*Proposta do PS permite que juízes ganhem mais do que o primeiro-ministro

*"Precisamos com urgência de ter mais meios", alerta presidente da Infarmed

*Prisões. Sobrelotação e suicídios? Portugal está na lista negra

*Medina explica que não conhecia a atual mulher quando a nomeou

Anita, Pantufa, Leopardos Imaginários - Estamos Reduzidos A Isto

Os eleitores estavam sentados no silêncio dos seus escritórios quando, de repente, CATAPUM!, Joana Amaral Dias escreveu no Facebook que António Costa tem 11 motoristas com um salário bruto de 2121,32 euros. Os eleitores iam abrir a porta de São Bento para ver o que tinha acontecido quando ouviram o primeiro-ministro dizer: “Não fui eu, foi o leopardo”.

O “leopardo” é, naturalmente, Pedro Passos Coelho. 


Era possível defender que este é mais um exemplo da crescente infantilização de uma parte da classe política portuguesa. Afinal, já tivemos um ministro a fazer corninhos no parlamento e um primeiro-ministro a responder a um deputado “Manso é a tua tia, pá!” — portanto, ninguém deveria ficar verdadeiramente espantado por esta utilização do argumento “Pai, não fui eu!”. Mas, na realidade, isso não é o mais importante. O que realmente provoca espanto e fúria (para quem for dado a esses sentimentos) é outra coisa: o primeiro-ministro tem-nos em tão pouca conta? António Costa acha mesmo que alguém acredita, por um minuto que seja, que o seu gabinete tem 11 motoristas por culpa de Pedro Passos Coelho? Mais e pior: se actua desta forma perante um assunto tão irrelevante como a existência de 11 motoristas, que outros “leopardos” inventará o primeiro-ministro para nos iludir sobre assuntos realmente importantes? 


Eis que, quando, numa entrevista ao Público, o confrontaram com os baixos números do investimento público, Mário Centeno defendeu-se assim: “O investimento não é como o Anita Vai às Compras, não vamos com o Pantufa, com um cesto, comprar investimento”. 


Anita, Pantufa, leopardos imaginários — estamos reduzidos a isto. (ora leia o artigo completo e ... pasme.) 


A Natureza Da Saudade É Ambigua


A natureza da saudade é ambígua: associa sentimentos de solidão e tristeza – mas, iluminada pela memória, ganha contorno e expressão de felicidade. Quando Garrett a definiu como “delicioso pungir de acerbo espinho”, estava realizando a fusão desses dois aspectos opostos na fórmula feliz de um verso romântico.Em geral, vê-se na saudade o sentimento de separação e distância daquilo que se ama e não se tem. Mas todos os instantes da nossa vida não vão sendo perda, separação e distância? O nosso presente, logo que alcança o futuro, já o transforma em passado. A vida é constante perder. A vida é, pois, uma constante saudade.Há uma saudade queixosa: a que desejaria reter, fixar, possuir. Há uma saudade sábia, que deixa as coisas passarem , como se não passassem. Livrando-as do tempo, salvando a sua essência da eternidade. É a única maneira, aliás, de lhes dar permanência: imortalizá-las em amor . O verdadeiro amor é, paradoxalmente, uma saudade constante, sem egoísmo nenhum.

Cecília Meireles