domingo, 15 de dezembro de 2024

A Frase (315)

Considerando a Constituição da República - que os PR juram respeitar quando tomam posse do cargo - e as várias experiências presidenciais ao longo deste 50 anos, em especial a que está em final de mandato, entendo que nas próximas eleições só devo apoiar um candidato que se comprometa explicitamente a respeitar, cumulativamente, as seguintes condições: (Vital Moreira, Causa Nossa)
  • suspender, para todos os efeitos, a filiação partidária que eventualmente tenha;
  • assumir-se como Presidente de todos os portugueses, independentemente do seu voto;
  • exercer o cargo com discrição e elevação, recusando a banalização e vulgarização da magistratura presidencial;
  • respeitar os resultados eleitorais para a AR e a composição desta como única fonte da legitimidade dos governos;
  • nunca esquecer que não lhe compete a função de governar, desde logo porque é politicamente irresponsável, a qual cabe ao Governo, responsável perante a AR, nem tampouco o papel de contrapoder, que cabe aos partidos de oposição;
  • não se pronunciar publicamente sobre as opções governamentais, nem sobre as posições da oposição, não sendo parte no respetivo debate político; (continuar a ler)

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (314)

Por muito que os dirigentes comunistas martelem os factos, a forma como reagiram à invasão russa é uma mancha que não sai. E causa piores danos do que os apoios à ditadura convicta de Havana e à ditadura sonsa de Caracas. A erosão eleitoral do PCP não começou com o silêncio perante as atrocidades na Ucrânia, mas essa atitude isolou-o ainda mais.  (Leonardo Ralha, DN)

A tão famélico cenário, Paulo Raimundo e outros dirigentes contrapõem possíveis reconquistas de autarquias que foram comunistas até 2021, com Loures à cabeça. Mas a tendência de esvaziamento da base eleitoral do PCP é inclemente ao ponto de serem meras Oportunidades de Vitória Não Identificáveis, tão prováveis quanto o avistamento do tipo de OVNI proveniente de outra galáxia.

Tudo É Tabu

 Aconteceu em Setembro de 2016, quando se anunciava a estreia de Moana - 56.ª longa-metragem com marca Disney e nona produção desse estúdio norte-americano feita com recurso exclusivo a tecnologia digital. Narrando a história de uma jovem numa ilha imaginária do Pacífico Sul onde encontra Maui, figura mitológica daquela região do globo que deu nome a uma das ilhas do Havai. Semideus venerado por muitos polinésios, Maui conduz Moana numa fantástica digressão oceânica.

Tudo cor-de-rosa, ao estilo Disney? Nem por isso. A cor dominante foi o castanho, o que inflamou opiniões. Não faltaram protestos contra o estúdio por ter ousado representar personagens e adereços oriundos da Polinésia. (...) As [acusações] mais indignadas visaram não tanto o filme, mas os produtos para crianças a ele associados.

Rebentou a tempestade. A deputada Marama Fox, co-líder do Partido Mãori, representativo da população indígena da Nova Zelândia, clamou contra a empresa cinematográfica, acusando-a de "apropriação da propriedade intelectual" daqueles povos. E mostrou-se indignada por Maui ser representado por um boneco obeso. (...) Os artigos apressadamente desaparecidos do mercado passaram a valer mais no circuito paralelo: eis um dos paradoxos deste caso.»

(Pedro Correia, Do livro TUDO É TABU (Guerra & Paz, 2024), pp. 46-47)