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quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Corticeira Amorim fatura 600 milhões. Vai dar dividendo extra de 8,5 cêntimos


Esta É A Frase

Somos o segundo país da Europa onde o salário médio está mais próximo do salário mínimo.

Luís Campos Ferreira, CM


Sim, esta é a realidade que ninguém vê. 1º acabar com a classe média, depois continuar o projeto e por aí fora. Quando todos forem avaliados pela mesma bitola (quer sejam competentes ou incompetentes no seu trabalho, quer tenham lutado para adquirir instrumentos que lhes permitam um bom desempenho na sua área de trabalho, ou não, etc.), nesse dia não precisam de se valorizarem mais, acabam os incentivos para tal e seremos todos robôs de um qualquer habilidoso que se arme em comandante. Acham que estou a delirar? - não, não estou, continuem dormindo e mais cedo que mais tarde poderão ter um muito mau despertar.

Estamos A Assistir À Chegada A Portugal Da Democracia Identitária, Que Substitui A Ideia De "Comunidade" Pela De "Diferença"

De: Francisco M. da Silva
Basicamente, estamos a assistir à chegada a Portugal da democracia identitária, já bastante consolidada noutros países, que substituiu a ideia de "comunidade" pela de "diferença". A democracia deixou de ser um processo de persuasão e conversação, de compromisso e síntese entre ideias opostas sobre a mesma identidade comunitária, com base em ideais colectivos agregadores - a nação, o povo, a cidadania, a solidariedade, a coesão social, o Estado-providência. Hoje a democracia parece caminhar para ser um combate permanente entre identidades individuais ou grupais opostas - a cor da pele, a orientação sexual, a  confissão religiosa, a tradição familiar, a origem geográfica, etc..

O problema é que sem a "comunidade", que é o conceito político nuclear, nem a política progressista nem a política conservadora fazem sentido. A "comunidade" é a "identidade" política fundamental, aquela que enquadra todas as outras. Numa democracia comunitária, todos os interesses legítimos tendem para o reconhecimento. Numa democracia identitária, todos os interesses estão em risco de silenciamento e ilegitimidade. Porque se a relevância política de uma pessoa se esgota na sua própria circunstância, essa pessoa não é bem um cidadão - é um potencial inimigo de todas as outras.

Em Portugal, a democracia identitária é especialmente perigosa para a direita. Em primeiro lugar, porque é a esquerda que nela vive melhor. Foi a esquerda que lá fora a criou e foi a nossa esquerda radical - do Bloco ao Livre, passando pelas franjas do PS - que a importou.

Em segundo lugar, como já aqui escrevi, o PS tem um projecto de poder hegemónico. O seu desejo é "mexicanizar" o regime e eternizar-se como "o partido natural de governo". O partido charneira inamovível, centrista e pragmático, que governa inevitavelmente porque é o único que atende aos sentimentos maioritários do eleitorado, e porque em seu redor, à esquerda e à direita, só há irresponsabilidade. Ora, não há melhor cenário para esta ambição do que um sistema partidário fragmentado, obcecado com discussões panfletárias e proclamações sectárias.

(excertos do artigo de Francisco da Silva, JNeg)

"Como Dizia O Poeta


Quem já passou
Por esta vida e não viveu

Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai

Quem nunca curtiu uma paixão

Nunca vai ter nada, não

Não há mal pior

Do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair

Pra que somar se a gente pode dividir?
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer

Ai de quem não rasga o coração

Esse não vai ter perdão

Vinícius de Moraes e Toquinho