Pesquisar neste blogue

terça-feira, 5 de julho de 2011

Haverá Resposta ?

A resposta tem de ser global, europeia. Não por solidariedade - onde é que ela já vai? - mas porque não é possível pôr uma cerca à volta de Portugal e da Grécia para aí conter os problemas. Se fosse possível, provavelmente já teríamos sido sacrificados.
Temos de cumprir a 200% do plano da troika. Mesmo assim, só decidiremos 5% do nosso futuro.
A Europa perdeu uma oportunidade quando chumbou as "Eurobonds". A reestruturação é uma caixa de pandora que ninguém quer abrir. A solução francesa para a dívida só adia o problema. E a solução alemã não existe. O que fazer? Cumprir o plano da troika. Merecer ter sorte. E esperar que os alemães decidam fazer por ela. É a opinião de Pedro Santos Rebelo, J.Negócios e com a qual concordo.

Entretanto, depois da decisão da Moody's O gabinete do ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, diz em comunicado que "a decisão da Moody's ignora os efeitos da sobretaxa extraordinária em sede de IRS anunciada pelo Governo durante o debate do Programa de Governo no final da passada semana".[ será? ]

Esta medida, prossegue comunicado, "constitui a prova da determinação do Governo em garantir os objectivos do défice para este ano, incluindo medidas que não estejam previstas nos memorandos de entendimento".

Mas vai ser muito difícil porque a herança é pesadíssima. Portugal e Grécia são os países com os "ratings" mais baixos da Europa, ambos ao nível de "lixo". Seis países receberam a classificação máxima.

Continuamos Inclinados Para Lixo

O “crescente risco” de que Portugal tenha de pedir um segundo empréstimo antes de regressar aos mercados e a crescente possibilidade de uma renegociação da dívida levaram a agência de rating Moody’s a descer a nota de Portugal para um nível considerado junk (lixo). (Público)

Principio Do Fim ?

O novo pacote de ajuda financeira à Grécia, num montante estimado de 85 mil milhões de euros, corre o risco de cair num impasse.
Os bancos alemães e franceses mostram abertura para participar num rollover da dívida grega (prolongamento do prazo de pagamento) desde que as agências de rating não baixem a avaliação de risco do país. Mas é exactamente isso que duas das três maiores agências ameaçam fazer.
A pressão sobre a Grécia volta a aumentar.

Uma classificação de default abre uma nova "frente de guerra" para a Grécia, mas também para os detentores de dívida do país. De forma imediata, o BCE deixa de aceitar títulos de dívida grega como garantia de empréstimos contraídos pelos bancos junto da instituição, uma situação que afecta essencialmente os bancos gregos. Mas também os actuais detentores de dívida grega sofrem uma desvalorização imediata dos títulos que têm em carteira e podem ainda sofrer uma reavaliação de rating, em função do peso das obrigações gregas nas suas contas. (Fonte: Público)

É cada vez mais notória a falta de grandes líderes na Europa . Decidam de uma vez o que devem fazer. Chega de enrolar, enquanto por arrastamento ou não, continuamos todos, a escorregar para um afundanço sem retorno e por muito tempo. O outro, por uma vez teve razão " A Velha Europa". O que não se renova, cai.

Dá-me A Tua Mão

Dá-me a tua mão.

Deixa que a minha solidão
prolongue mais a tua
— para aqui os dois de mãos dadas
nas noites estreladas,
a ver os fantasmas a dançar na lua.

Dá-me a tua mão, companheira,
até o Abismo da Ternura Derradeira.

José Gomes Ferreira