Estamos A Regredir Aceleradamente ...

São encontrados na entrada do hospital, na frente de prefeituras, igrejas próximas ou em ruas movimentadas. De longe, assemelham-se vidro cofres de grande porte, muitas vezes pintadas de amarelo brilhante. No interior, uma cama de auto-aquecimento, uma câmara, e um alarme ligado ao centro de saúde mais próxima. Na porta, um manual rudimentar mostra como abrir o baú. Na Idade Média, eram chamados de "torres de queda". Hoje, as "caixinhas". Os pais, que querem abandonar os seus recém-nascidos no anonimato total utilizam estas caixas que estão a aumentar na Europa.

O sistema tinha desaparecido há mais de um século na Europa .Mas a cobertura dos mídia com notícias arrepiantes, como o abandono de recém-nascidos em latas de lixo, retornou a hábitos que pareciam de outro tempo.Os alemães foram os primeiros a reintroduzir este mecanismo em Abril de 2000. Desde então, dez outros países europeus o adoptaram, como a Itália , a Suíça ou a Polónia . Hoje, centenas de "caixinhas" estão instalados no velho continente. 
Fonte: Le Monde


Voltámos aos finais do século XVIII em que era na Roda dos Expostos ou dos Enjeitados que depositavam as crianças enjeitadas. 
Inacreditável, depois de tantos progressos científicos e sociais, estamos em regressão acelerada de costumes, de valores de ...e  de e  de.... TUDO

É Inaceitável ...

...  O novo aumento do preço dos bilhetes do transporte fluvial para Tróia  e a obrigação dos passageiros pagarem sempre bilhete de ida e volta, o que, na prática, faz com que, para os que apenas pretendem fazer um trajecto, o preço do transporte duplique.

Acresce que muitos utentes deste serviço, não têm alternativa de transporte aceitável para se deslocarem à outra margem do Sado, sendo obrigados a pagar tarifas ainda mais elevadas por um serviço que deveria ser de interesse público e ter preços adequados.

Impõe-se a questão: o objectivo será proceder a uma selecção social, baseada na capacidade económica dos que querem visitar o complexo turístico de Tróia ? - se não é, parece ...

Fonte: O Setubalense

Crime E Castigo ...

...  A única via.
A Democracia custou muito a ganhar, se os políticos falham com dolo, têm a obrigação de pagar por isso. A democracia implica direitos e deveres quando não respeitados devem ser escrutinados, só a democracia o permite e se for caso disso é a justiça que tem obrigação de resolver. A falta de democracia leva à corrupção, ao incumprimento de deveres, ao despotismo, não o contrário.

Estando o país afogado em dívidas por obra e graça de sucessivos disparates de quem ocupou cargos decisórios no aparelho de Estado, a aplicação generalizada da teoria de Rui Rio implicaria a nomeação sem recurso ao voto popular de quem governasse Portugal nos seus múltiplos patamares. Restando saber qual o iluminado para fazer as escolhas discricionárias.

Sim, é preciso lutar por um exercício de poder político credibilizado. E há alternativas à suspensão dos direitos democráticos. Uma delas passa pela efectiva responsabilidade de quem ocupa postos decisórios no aparelho de Estado, punindo-os não apenas nos sufrágios populares mas impedindo candidaturas em casos de comprovada má gestão. E a criminalização é também uma fórmula bem-vinda para a moralização da vida pública.


Fernando Santos, JN