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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Notícias Soltas

*Festa do Pontal gera mal-estar no PSD






A Nossa Relação Com O Erro

Estamos permanentemente numa relação com o erro, para o desculpar, em vez de aprendermos com ele. E mesmo quando somos forçados a extrapolar qualquer coisinha de consequência, não hesitamos em prosseguir a deriva desculpabilizante em relação ao que corre mal. Quando um incêndio ganha a dimensão do incêndio de Monchique, não se conseguindo contê-lo no ataque inicial, não é aceitável que a análise dos responsáveis políticos possa ser que ao menos não houve mortes. Ao menos, as mortes dos incêndios de 2017 nunca deveriam ser termo de comparação para situações operacionais posteriores em que há coisas que não correram bem. Ou estamos conformados com, no quadro das operações realizadas, alguém ter mandado evacuar a população de Nave Redonda, no concelho de Odemira, quando se deveria ter evacuado a população de Nave, no concelho de Monchique. Quis a sorte ou o acaso que o nível de risco naquela localidade em Monchique não resultasse em danos pessoais.
É por isso que o erro não pode ser negligenciável nem perdoável, como se alguns pudessem ser agraciados com uma amnistia vitalícia ou um salvo conduto para poderem errar ad eternum.
É por isso que o erro não pode ter a geometria variável que faz com quem berrava com os governos no passado agora se conforme num ensurdecedor silêncio, porque são parte da solução de poder, e quem errava no passado agora seja pródigo em apontar o dedo, numa espiral em que já nem os dedos dos pés chegam para tanta falta de memória.
É por isso que, entre o erro como pecado, inculcado pela formação religiosa cristã, e o erro desculpabilizado pelo exercício dos poderes, pelo conformismo dos cidadãos e dos media e pelas geometrias variáveis, tem de ter um ponto de equilíbrio, colocando-o como parte do processo construtivo, não permita a sua reiterada reativação. Aconteceu, pronto!
Em Portugal, no erro pode haver recriminação moral-religiosa, verborreia mediática ou das redes sociais, até um “agarrem-me senão vou-me a eles”, mas são raros os casos em que os clamorosos falhanços implicam consequências.   (ler o artigo completo) António Galamba, Ji.

Encontros E Desencontros

Depois de tantas buscas, encontros, desencontros, acho que a minha mais sincera intenção é me sentir confortável, o máximo que eu puder, estando na minha própria pele. É me sentir confortável, mesmo convivendo com tantas perguntas que o tempo não respondeu e com a ausência de qualquer garantia de que ele ainda responda. É me sentir confortável, mesmo entendendo que as respostas que tenho mudarão, como tantas já mudaram, e que também mudarei, como eu tanto já mudei.

AJ