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sexta-feira, 11 de julho de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (171)

Só uma imigração ordenada e explicitamente dependente do respeito às instituições e valores das sociedades ocidentais pode salvaguardar o modo de vida ocidental para benefício de todos, os que estão e os que chegam. Sim, precisamos dos imigrantes – tanto como eles precisam de quem, no Ocidente, acredita nos princípios que o constituem.   
(Rui Ramos, OBSR)

Não se pode falar da imigração sem que um oligarca levante a vozinha beata para nos lembrar que precisamos dos imigrantes. Precisamos? Precisamos. Precisamos de cuidadoras, de empregadas domésticas e de estafetas e condutores das plataformas de transporte e distribuição. (...)

Mas convém lembrar uma coisa aos oligarcas: é que os imigrantes também precisam de nós. Precisam da economia de mercado, do Estado social e do Estado de direito que aqui desenvolvemos e que não se desenvolveram na maioria dos países de onde os imigrantes vêm. Precisam, uma vez aqui, das nossas escolas, dos nossos hospitais, da nossa polícia, das nossas empresas. Precisam, portanto, que nós consigamos preservar o que tornou as nossas sociedades atractivas como destino de migração.(...)É isso que, acima de tudo, está em causa perante as migrações súbitas, descontroladas e maciças a que, por decisão dos seus governantes, o Ocidente se sujeitou na última década. Os riscos são muitos. (...)

A integração, porém, não é apenas uma questão de logística, de haver empregos, casas, escolas e hospitais. É também uma questão política, de haver vontade de iniciar os migrantes no respeito às nossas instituições, valores e costumes.

A imigração, se descontrolada e sem integração, pode ser apenas um meio de importar para as sociedades ocidentais os sarilhos que atormentam as sociedades de origem dos imigrantes. Imagino a desagradável surpresa que muitos somalis devem ter tido na Suécia ao descobrir que os gangues armados de Mogadíscio tinham aproveitado o caos migratório para se instalarem em Estocolmo. Quem fugiu da Somália não foi certamente para a reencontrar na Escandinávia.

Mais Alto ...

Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem

O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!

Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível!
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
A rutilante luz dum impossível!

Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!

(Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"