sexta-feira, 2 de maio de 2025

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Entidade para a Transparência sem capacidade para acompanhar avalanche de declarações de património dos políticos.

 A Entidade para a Transparência (EpT), criada para fiscalizar as declarações de rendimentos, património e interesses de titulares de cargos políticos e altos cargos públicos, encontra-se já em situação crítica. Apesar de ter iniciado funções na Primavera de 2024, a EpT ainda não conseguiu verificar dois terços das declarações recebidas, e não é capaz de identificar com precisão quantas pessoas estão efetivamente obrigadas a apresentar esses documentos.

Até 31 de março, tinham sido submetidas 2889 declarações únicas à plataforma da EpT. No início desse mês, a presidente da entidade revelou no Parlamento que, das 2701 declarações então registadas, apenas 680 tinham sido verificadas. Outras 385 foram substituídas, 99 anuladas e 243 estavam ainda em análise. Um mês depois, segundo noticia o jornal Público, a entidade limitou-se a reconfirmar esses mesmos números, sem esclarecer a evolução do trabalho.

A situação deverá agravar-se com a realização das eleições legislativas a 18 de maio e das autárquicas no início do outono. Só estas eleições deverão originar a entrada de pelo menos 5600 novas declarações na plataforma, sem contar com cargos adicionais como vogais executivos das juntas de freguesia ou gestores públicos. Ao ritmo atual de verificação, a EpT ficará inevitavelmente sobrecarregada e incapaz de acompanhar a entrada de novos documentos, agravando o atraso já existente.

As próprias declarações do atual primeiro-ministro, Luís Montenegro, entregues em 2024 e 2025, continuam por verificar, assim como as dos restantes membros do Governo e dos deputados em funções. A entidade não apresentou qualquer prazo para a conclusão destas análises.

Nota: Interprete como quiser, especialmente a lógica seguida por muitos políticos, e Opinion Makers.

A Frase (110)

 A escola profana - As crianças e jovens nascidos entre 1995 e 2010 – a geração Z – cresceram já num mundo digital, expostos aos ecrãs como mediação de todas as relações com o mundo e com os outros, de tal modo adaptados ao tempo e aos modos da “conexão” ininterrupta que entram facilmente em conflito com a família e incapazes de um verdadeiro compromisso com a escola. Esta geração vive num ambiente caracterizado por uma nova “cultura relacional” — uma estranha expressão que começa a fixar-se no vocabulário técnico criado pela psicologização de toda esta área do comportamento. (...)         (António Guerreiro, Público) 

Ricochetear!


As palavras ditas sem reflexão, inspiradas pela cólera, não deitam raízes em parte alguma;
porém quando sugeridas pelo ciúme alastram-se quais plantas parasitas,
crescem e deitam ramagem sobre a árvore que é o coração, ensombrecendo-o.