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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

E, Aí Estamos, De Novo, À Mercê Da Grande Tormenta

A Reserva Federal americana aumentou os juros, e pôs fim ao tempo em que o dinheiro barato combateu a crise. As políticas de Trump vão acelerar mais a economia, e por isso o próximo risco é a inflação. Más notícias para Portugal.

Quais cigarras no verão, descurámos abater as dívidas quando era mais fácil pagá-las. E assim, aí estamos, de novo, à mercê da grande tormenta.

Cedo ou tarde, a decisão tomada em Washington vai chegar aos bolsos dos portugueses que pagam empréstimos, e que os hão de pagar novamente mais caros, e à carteira dos contribuintes, nós todos, que financiamos um Estado falido e esbanjador com impostos que não vão parar de crescer.

Carlos Rodrigues,CM

Os Sucessivos Governos Prometem Há Quatro Orçamentos Que A Dívida Descerá No Ano Seguinte, Mas A Ameaça Persiste. Porquê?

A razão da insistência é que o endividamento do Estado não só é altíssimo e continua a crescer como está mesmo a acelerar. Desde que o governo tomou posse, em 26 de Novembro de 2015, a dívida já aumentou 14 mil milhões de euros, mais do que tudo o que o Estado teve de pagar à banca de 2008 a 2014. E isto refere-se apenas ao Estado, omitindo municípios, Segurança Social, etc.

Algumas comparações simples revelam a situação. 

Desde que o engenheiro Sócrates chegou ao poder, em Março de 2005, até o Lehman Brothers falir em Setembro de 2008, deflagrando a crise internacional, a nossa dívida directa do Estado aumentou em média 18 milhões de euros por dia, todos os dias, incluindo domingos e feriados. 

Da falência do Lehman Brothers à chegada da troika, em Abril de 2011, acelerou para 40 milhões por dia. 

Durante o período da troika, de Maio de 2011 a Junho de 2014, no auge da crise, subiu para 50 milhões por dia. 

A seguir, e até à chegada de António Costa, a dívida regressou ao ritmo de inicial, crescendo 19 milhões por dia. 

Desde que Costa tomou o poder até ao fim de Setembro, acelerou para 51 milhões por dia; em Outubro houve uma descida e essa média diária caiu, mas ainda para 42 milhões por dia, a segunda taxa mais elevada dos últimos dez anos.(continuar a ler)

Procurar O Sonho É Procurar A Verdade

A única realidade para mim são as minhas sensações. Eu sou uma sensação minha. Portanto nem da minha própria existência estou certo. Posso está-lo apenas daquelas sensações a que eu chamo minhas. A verdade? É uma coisa exterior? Não posso ter a certeza dela, porque não é uma sensação minha, e eu só destas tenho a certeza. Uma sensação minha? De quê?
Procurar o sonho é pois procurar a verdade, visto que a única verdade para mim, sou eu próprio. Isolar-se tanto quanto possível dos outros é respeitar a verdade.

Fernando Pessoa