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segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Descalabro: O BCP Era Só O Maior Banco Privado Português ...

O banco pode entrar num processo de despedimento colectivo se não conseguir a saída de 600 pessoas pretendidas através de rescisões amigáveis. Em causa está uma poupança de 30 milhões de euros, já em 2013.(continuar a ler aqui)

Isto dói. Quem fez isto ao maior Banco Privado Português? Quantos desempregados poderão ser mais?

Quem Fica Mal Na Fotografia ?


Esta é a verdade:

Portugal não soube viver no euro, não soube aproveitar as vantagens de um projecto político solidário entre os países mais ricos e os mais pobres, que transferiu milhares de milhões de euros de fundos comunitários. Não soube aproveitar uma zona monetária única que significou uma redução brutal dos juros, para o Estado, para as empresas e para as famílias. Gastámos essa almofada e as outras, as que resultaram de empréstimos dos credores que acreditavam que nenhum dos Estados do euro poderia entrar em ‘default', mesmo que tivesse as suas contas públicas e externas completamente desequilibradas. Esta crise acabou com esse mito. E nem sequer vale muito a pena insistir na tese de que a crise financeira começou nos EUA, no ‘subprime'. Isso servirá para a história. Apenas.
Que é feito do génio?

E agora? A pergunta ...

Queremos continuar no euro? É esta a questão que está subjacente à refundação do memorando de entendimento.

As implicações da resposta ...

A resposta a esta pergunta vai dizer-nos qual é a dimensão da reforma do Estado e qual é o regime económico que queremos aceitar e estamos dispostos a fazer. Para nos mantermos no euro, temos de mudar de vida, rapidamente. Simplesmente, não será possível financiar um défice externo e um défice público sem credores que não acreditem na solvência do País, mas também não será possível reduzir esses desequilíbrios com um desemprego a crescer e uma situação social de pré-ruptura. Para reequilibrar as contas externas e públicas, é preciso outro País, outra Constituição, outro regime económico, outro contrato social. Claro, se estivermos dispostos a sair do euro, os desequilíbrios vão ter de ser corrigidos na mesma, com outras consequências, com outras receitas, e num outro tempo. Consequências, receitas e tempo piores, muito piores. Porquê? Porque agora há uma ‘troika' que nos impõe um ritmo mas garante um financiamento que paga os nossos défices, fora do euro nem isso teremos, estaremos entregues a nós próprios.

Entretanto ...

O Governo e os partidos da coligação, por um lado, e o PS, por outro, bem podem entreter-se a discutirem responsabilidades. Quem vai ficar mal na fotografia? Todos. A emergência é tão urgente que a realidade vai ultrapassá-los, e os portugueses não lhes perdoarão a incapacidade de se entenderem para reformar um Estado que não pode ser mínimo, mas tem de ser sustentável, que não pode ser um actor activo nos negócios, mas um promotor e regulador da criação de riqueza.

António Costa, ler artigo completo no Económico

Última Hora ...

António José Seguro vai reunir-se com Passos Coelho às 12h a pedido PPC.

Se a UE está em ponto morto resta-nos que os lideres partidários se unam e se entendam de forma a minorar as dificuldades dos portugueses. É tempo de colocar Portugal à frente das guerrilhas partidárias. É tempo de união de todos para tentar salvar o que ainda resta, enfrentando a realidade - os tempos mudaram. A vida como a conhecíamos mudou, a adaptação é difícil mas urgente. Muitos foram os que contribuíram para a situação presente. Para retomar a credibilidade dos políticos, estes devem ter em conta que só o real empenho na resolução dos problemas criados podem contribuir para desvanecer a má imagem que os portugueses hoje têm deles.