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sexta-feira, 24 de junho de 2022

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (130)

 
A carga de trabalhos infanto-juvenil -  Há algo que vai fazendo muita falta na vida, no crescimento e na formação das crianças e dos jovens: um bocado de espaço e de tempo sem cursos, sem formações, sem atividades e quejandos. Não fazer nada, ou fazer o que der na gana.       (Rui Patrício, Ji)

Muitas crianças e ainda mais jovens – aqueles cujas famílias podem ou que fazem por poder – começam desde cedo a ter uma agenda que, mal comparado, às vezes parece a minha agenda profissional nos períodos mais intensos. Em crianças e adolescentes, ele são as aulas dos programas escolares, ou seja, o básico, o normal; mas depois são também as línguas, os desportos, as atividades, as formações, os complementos, os projetos, os estágios, mais isto e mais aquilo, num nunca mais acabar de tarefas e de empreendimentos; e tudo tido – sobretudo pelos pais, ditadores mas também escravos desse frenesim – como muito importante para a formação e para um dia os infantes poderem enfrentar o mundo muito competitivo e terem nele uma boa vida adulta, carregados das (como se diz) competências hard, soft e outras para brotarem e vingarem verdejantes.        

E será importante, sim senhor, não digo que não, e muito menos digo que o mundo não seja exigente e competitivo. E também será muito importante aquilo com que, depois, quando já são maiorzinhos – jovens adultos –, carregam os dias, cheios até não poder mais. Sim, será importante, mas é preciso ter algum cuidado e não carregar de mais, não exigir tanto, e também não começar tão cedo.

São João Do Porto


São João do Porto é uma festa popular que tem lugar de 23 para 24 de Junho na cidade do Porto, em Portugal. Oficialmente, trata-se de uma festividade católica em que se celebra o nascimento de São João Batista, que se centra na missa e procissão de São João no dia 24 de Junho, mas a festa do S. João do Porto tem origem no solstício de Junho e inicialmente tratava-se de uma festa pagã. As pessoas festejavam a fertilidade, associada à alegria das colheitas e da abundância. Mais tarde, à semelhança do que sucedeu com o Entrudo, a Igreja cristianizou essa festa pagã e atribui-lhe o S. João como Padroeiro.

É uma festa com muitas tradições, destacam os alhos-porros, usados para bater nas cabeças das pessoas que passam, os ramos de cidreira (e de limonete), usados pelas mulheres para pôr na cara dos homens que passam, e o lançamento de balões de ar quente.

O alho-porro era um símbolo fálico da fertilidade masculina e a erva cidreira dos pelos púbicos femininos. A partir dos anos 70, foram introduzidos os martelos de plástico que desempenham o mesmo papel do alho-porro, tendo, curiosamente, também um aspecto fálico.

Não faltam os saltos sobre as fogueiras espalhadas pela cidade, normalmente nos bairros mais emblemáticos; os vasos de manjericos com versos populares são uma presença constante  e o tradicional fogo de artifício à meia-noite, junto ao Rio Douro.