Aprendemos com Merkel: o valor do dinheiro, diz Camilo Lourenço [Verdade. Seria bom que a Srª. aprendesse com o sofrimento dos outros o valor da solidariedade]. E continua CL - numa altura em
que vemos políticos portugueses a defender que devemos rasgar os contratos que
assinámos com quem nos emprestou dinheiro, nunca é de mais lembrar isto. Porque
Portugal precisa de aprender a valorizar o dinheiro do contribuinte. Isto é, a
fazer esta pergunta de cada vez que um político vota uma despesa: quanto é que
isto vai custar em impostos?
Fonte: Camilo Lourenço, JN
Pesquisar neste blogue
domingo, 20 de maio de 2012
Eu Sou Uma Ilha ...

Uma ilha sou eu.
Uma ilha é estar rodeada de água e cheia de gente por dentro a tentar o sol e a atrever-se nos dias de nevoeiro, na tempestade, nas cheias.(...)
Uma ilha é a maternidade incompleta, é a separação involuntária do Continente.
Uma ilha é não saber em rigor quantas braçadas para outra ilha.
As pessoas são ilhas, mas mais atrevidas. As ilhas não se aproximam, não invadem, não se anexam. Sabem que com isso destruiriam o arquipélago, destruiriam a sua própria condição de ilhas.
Filipa Leal, O Prazer da Leitura
Pensar O Meu País
De repente toda a gente se pôs a um canto a meditar o país.
Nunca o tínhamos pensado, pensáramos apenas os que o governavam sem pensar.
E de súbito foi isto.
Mas para se chegar ao país tem de se atravessar o espesso nevoeiro da mediocralhada que o infestou.
Será que a democracia exige a mediocridade? Mas os povos civilizados dizem que não.
Nós é que temos um estilo de ser medíocres.
Não é questão de se ser ignorante, incompetente e tudo o mais que se pode acrescentar ao estado em bruto. Não é questão de se ser estúpido.
Temos saber, temos inteligência.
A questão é só a do equilíbrio e harmonia, a questão é a do bom senso.
Há um modo profundo de se ser que fica vivo por baixo de todas as cataplasmas de verniz que se lhe aplicarem.
Há um modo de se ser grosseiro, sem ao menos se ter o rasgo de assumir a grosseria.
E o resultado é o ridículo, a fífia, a «fuga do pé para o chinelo».
Vergílio Ferreira
Nunca o tínhamos pensado, pensáramos apenas os que o governavam sem pensar.
E de súbito foi isto.
Mas para se chegar ao país tem de se atravessar o espesso nevoeiro da mediocralhada que o infestou.
Será que a democracia exige a mediocridade? Mas os povos civilizados dizem que não.
Nós é que temos um estilo de ser medíocres.
Não é questão de se ser ignorante, incompetente e tudo o mais que se pode acrescentar ao estado em bruto. Não é questão de se ser estúpido.
Temos saber, temos inteligência.
A questão é só a do equilíbrio e harmonia, a questão é a do bom senso.
Há um modo profundo de se ser que fica vivo por baixo de todas as cataplasmas de verniz que se lhe aplicarem.
Há um modo de se ser grosseiro, sem ao menos se ter o rasgo de assumir a grosseria.
E o resultado é o ridículo, a fífia, a «fuga do pé para o chinelo».
Vergílio Ferreira
Subscrever:
Comentários (Atom)
