terça-feira, 18 de julho de 2023

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Democracia Em Portugal

(Carlos Marques
Almeida, ECO)
 A democracia em Portugal é de uma mediocridade medonha, incorrigível na destruição da  independência individual, implacável na dominação do cidadão democrático. A ideia  de   consenso é uma operação política em que a esquerda imita a direita e a direita imita a esquerda.
 

A democracia portuguesa está numa fase crítica. Neste final da temporada 49 sente-se o ambiente corrupto e cansado de um país sem agenda. Sem agenda, o país político roda em círculos concêntricos numa observação suicida e suicidária. É a versão política do “poço da morte” suportado pela velocidade e pela inércia das forças políticas. O país sustenta-se com dinheiros da Europa, impostos portugueses, receitas do turismo. Gasta no que não deve. Guarda no que lhe convém. E no vazio da política instala-se o espectáculo dos bastidores, dos negócios, das comissões, dos interesses, de toda uma sub-classe política nomeada e não eleita mas que goza da protecção dos eleitos. Somos todos responsáveis porque não exigimos responsabilidades. (continuar a ler aqui)

A Frase (148)

Encurralados entre um governo que tropeça nas suas próprias trapalhadas e fragilidades, assolado por demissões quase à razão de uma por mês e uma oposição à esquerda que ainda se está a recompor das mudanças de liderança, e à direita, com os novos partidos s crescer e o PSD a manter-se com valores historicamente baixos, que não lhe permitem sonhar, para já, voltar ao poder, o mesmo eleitorado diz, nas sondagens, que a direita, toda junta, tem já mais votos que a esquerda. A geringonça perde terreno para o outro lado do hemisfério ideológico e o Chega, como se previa, arrisca-se a ser o partido de charneira, capaz de viabilizar uma maioria à direita ou, noutra leitura, impedir uma maioria de esquerda. Tal como, nesta altura, o PS está cercado, nos partidos que crescem, Ventura tem razões para sorrir.     (Pedro Cruz, DN)

Festejar


Entender o sentido da arte das festas e a importância de festejar como meio para resgatarmos uma memoria coletiva que se perdeu. E a partir dessa compreensão, encontramos o sentido da vida. 
(Sofia Carrera Pérez, RP)

Festejar é algo de grande importância. E se esse festejar for ritualizado é arte também. Ao longo dos séculos, esse carácter sagrado e de comunhão plena foi perdendo o seu significado. Aos dias de hoje, a maioria das festas são autênticas fugas à vida constituindo-se como palcos de demonstração de atos de separação e revolta, onde desfilam as maiorias angústias e excessos. Quantas vezes é que num pós festa assistimos a uma desarmonia em nós próprios?

O objetivo do ato de festejar foi originalmente criado para nos elevar, religar à origem, aproximarmo-nos da fonte, do início. Celebrar a vida para chegarmos à conclusão do que ela efetivamente representa. Para que ela possa ser compreendida, respeitada e celebrada trazendo harmonia e evolução.