O boletim da DGS confirma 642 casos de coronavírus em Portugal, uma subida de 43,4% em 24 horas. Segunda vítima mortal confirmada, Alentejo com primeiros casos e subidas nas crianças e nos idosos.
De terça para quarta-feira, o número de casos confirmados do novo coronavírus em Portugal registou o maior aumento em número absoluto em 24 horas até agora, subindo o número de doentes infetados para um total de 642, mais 194 casos do que no último boletim. Esta quarta-feira ficou ainda confirmada a segunda vítima mortal, cuja identidade já é conhecida: trata-se de António Vieira Monteiro, presidente não executivo do Santander em Portugal.
A subida de casos corresponde a um aumento de 43,4% relativamente aos números incluídos no boletim da DGS desta terça-feira, uma subida percentual superior àquelas registadas nos últimos dois dias (35% e 35,3%). Por descrever apenas os dados recolhidos até à meia-noite, o relatório desta quarta-feira ainda não inclui o quarto caso de recuperação, uma mulher de 75 anos que vai ter alta hospitalar do Hospital de S. José.
Regista-se uma descida assinalável no número de pessoas internadas, de 206 para 89, algo que a diretora-geral da Saúde explicou na conferência de imprensa de apresentação do boletim desta quarta-feira. “O que aconteceu é que internámos todas as pessoas e à medida que o quadro clínico estabilizou e têm capacidade de estarem em casa estas pessoas foram fazer convalescença para domicílio”, disse Graça Freitas. “Cerca de 80% das pessoas fica em alta ou cuidados domiciliários. 15% estará em enfermaria geral e 5% poderão necessitar de cuidados intensivos”, acrescentou a diretora-geral da Saúde, concluindo que as pessoas que “têm capacidade para estar em casa” tiveram alta hospitalar e são acompanhadas pelo médico de família ou pelo médico assistente.
Centro de rastreio do Porto já funciona e poderá fazer 400 testes por dia
Nota 1:António Costa convoca Conselho de Ministros para analisar posição do Conselho de Estado sobre declaração de emergência~
Nota 2: O PR vai decretar Estado de Emergência, decreto vai ser em breve enviado para a AR
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quarta-feira, 18 de março de 2020
Cada Coisa A Seu Tempo Tem Seu Tempo
Não florescem no Inverno os arvoredos,
Nem pela Primavera
Têm branco frio os campos.
À noite, que entra, não pertence, Lídia,
O mesmo ardor que o dia nos pedia.
Com mais sossego amemos
A nossa incerta vida.
À lareira, cansados não da obra
Mas porque a hora é a hora dos cansaços,
Não puxemos a voz
Acima de um segredo,
E casuais, interrompidas sejam
Nossas palavras de reminiscência
(Não para mais nos serve
A negra ida do sol).
Pouco a pouco o passado recordemos
E as histórias contadas no passado
Agora duas vezes
Histórias, que nos falem
Das flores que na nossa infância ida
Com outra consciência nós colhíamos
E sob uma outra espécie
De olhar lançado ao mundo.
E assim, Lídia, à lareira, como estando,
Deuses lares, ali na eternidade
Como quem compõe roupas
O outrora compúnhamos
Nesse desassossego que o descanso
Nos traz às vidas quando só pensamos
Naquilo que já fomos,
E há só noite lá fora.
30-7-1914
Odes de Ricardo Reis
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