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terça-feira, 8 de setembro de 2009

José Sócrates VS Francisco Louçã


O debate foi interessante,Sócrates bem informado sobre o programa do BE, Louçã foi uma grande decepção.

Sócrates no início do debate começa a usar argumentos já muitas vezes repetidos e há muito esgotados .

Louçã parecia mais objectivo, mas foi sol de pouca dura.

Louçã - Defendeu as nacionalizações .
Sócrates - Rebateu muito bem aquela posição .

Sócrates - Acusa o BE de defender o fim das deduções na Saúde e Educação que se traduz num ataque à Classe Média no valor de 1.000 Milhões de euros.Refere que as propostas de Louçã são radicais.

Louçã - Defendeu-se com o argumento de querer um sistema mais simples sem armadilhas e esquinas.

Louçã - Em relação ao emprego refere que é necessário grandes investimentos e injectar dinheiro para ajuda dos mais carenciados.

Sócrates - O subsídio social de desemprego atinge hoje muito mais pessoas e diz que Louçã fala em números mas não olha para a realidade.

Louçã - Diz que o que os distingue é a política , o rigor e transparência .

Sócrates - Afirma que o BE fez do PS o principal inimigo.

Louçã perdeu uma oportunidade de embaraçar Sócrates e ao contrário foi ele que se deixou enredar (especialidade de Sócrates)

A MENTIRA NÃO PODIA FALTAR - Sócrates afirmou que NUNCA pertenceu a outra família política É MENTIRA todos sabem que pertenceu à JSD .

Ficou patente a impreparação de Louçã e portanto do BE para qualquer função governativa.






Problemas da Justiça Programas São Quase Omissos

Pois... este continua a ser o país do deixa andar.

Corrupção ? Deixa andar ...

Leis Penais ? Deixa andar...

Criminalidade económico-financeira? Deixa andar...

Depois de devidamente analisar os programas dos principais partidos, constatamos que relativamente aos enormes problemas que a Justiça atravessa, e cujo diagnóstico há muito está feito, muito pouco se diz.

Aliás, a Justiça, à semelhança do que se fez nos últimos anos, merece apenas algumas linhas em todos os programas.

Parece afinal que, ao contrário do que se dizia, este sector não tem qualquer tipo de problema, tão pouco dele se fala.

Quanto às leis penais, também tudo o que se disse parece que foi rapidamente esquecido, pois, para além de umas quantas alterações pontuais, tudo afinal está bem.

Por último, sobre o combate à criminalidade económico-financeira, principalmente no que aos crimes de poder diz respeito, utilizando uma expressão policial, aos costumes nada se disse.

Sobre o combate à corrupção, gasta-se no máximo quatro linhas em cada programa. No conjunto de todos os programas, sobre este tão importante tema, gasta-se menos de 2500 caracteres, ou seja, tantos quantos tem este artigo (completo).

Estamos pois conversados. A esperança desvaneceu-se e vamos afinal continuar exactamente na mesma.

Sinceramente, Portugal e os portugueses não mereciam isto, ou se calhar merecem, uma vez que nada fazemos para mudar o actual estado das coisas.

( excertos) Carlos Anjos, Presidente da ASFIC/PJ, CM



Afinal é Mesmo Realidade o Caso Existe !!


Não, não foi uma inventona do Jornal Nacional .

As autoridades inglesas têm provas que confirmam o pagamento de “luvas” no âmbito do licenciamento do outlet de Alcochete, noticia a edição de hoje do “Correio da Manhã”. Tendo em conta as novas informações, o jornal afirma ainda que o ex-presidente do Instituto da Conservação da Natureza, Carlos Guerra, não vai ser o único arguido no processo Freeport a ter de explicar os cerca de 200 mil euros depositados numa das suas contas.

Isto porque a investigação que está a ser conduzida em Londres descobriu vários depósitos em contas abertas em paraísos fiscais britânicos que envolvem alguns dos suspeitos já constituídos arguidos em Portugal. Há também três novas figuras, cujos nomes não são avançados.

De acordo com o mesmo jornal, assim que a polícia inglesa enviar as novas provas que agregou ao processo, as autoridades portuguesas deverão constituir mais dois ou três arguidos.

Afinal existe mesmo um caso chamado Freeport ? Então sempre eram verdadeiras as notícias de sexta-feira do Jornal Nacional?

Os depósitos foram alegadamente feitos por Charles Smith, representante da Freeport em Portugal e sócio da consultora Smith & Pedro, contratada para licenciar a superfície comercial de Alcochete. Uma informação a que os procuradores do Ministério Público Paes Faria e Vítor Magalhães terão tido acesso quando há mais de quatro meses estiveram a trabalhar em Londres com a polícia daquele país.

(...) Entretanto, no final de Agosto, a Polícia Judiciária recebeu uma nova carta anónima onde o autor garantia que a investigação estava a seguir o primo errado de José Sócrates e que deveria ouvir antes José Paulo Bernardo Pinto de Sousa.

(...) O processo relativo ao Freeport de Alcochete envolve alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento daquele centro comercial, em 2002, quando o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.

Pais Consideram Que Estatuto do Aluno Põe em Causa Valores

... Como o Trabalho e Criam Ambiente de Guerra Aberta.

O ensino nas escolas está demasiado fácil e os últimos quatro anos acentuaram o problema.

Para a maioria dos 45 pais ouvidos pelo i, os problemas pioraram com a crispação entre professores e Governo, que criou instabilidade nas escolas.

E dão exemplos "O estatuto do aluno é um desastre e uma ofensa aos alunos cumpridores.
Valores e atitudes como o trabalho, o mérito, a assiduidade, o comportamento, a aprendizagem, o conhecimento, foram postos em causa e de repente considerados antiquados e conservadores", diz Manuel Marques, economista nas Caldas da Rainha, pai de um aluno matriculado no 8º ano.

"O estatuto do aluno privilegia o facilitismo e desresponsabiliza os alunos", acrescenta Maria José Viseu, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (CNIPE).

"Esta norma de os alunos não poderem reprovar até ao 10º ano é um verdadeiro disparate. Desmotivador para alunos, pais e professores.

(...) A exigência académica é cada vez menor", remata Teresa e dispara contra um regime de faltas pouco rigoroso e que iliba os mais faltosos: "Os mais espertos olham para o regime de faltas como uma brincadeira. De que serve dizer-se que os alunos não podem faltar se sabem que estudam um pouco, fazem um teste de recuperação e já está, voltam a ficar sem faltas ou com elas todas justificadas?" Mas há mais calcanhares de Aquiles nas reformas educativas do actual governo.

Muitos pais acusam o governo de Sócrates de ter sido "autista" e "autocrático".

De trabalhar números para as estatísticas .
(...) "As reformas massacraram os professores e, por sua vez, massacraram os alunos", diz Olinda Marques, mãe residente em Rio Maior que aplaude algumas medidas mas critica os métodos: "Algumas medidas são inteligentes e vantajosas. É preciso pensar é: isso acontece à conta de quem?"
O sistema de avaliação que lidera as críticas lidera também os elogios.

"Era necessária", diz a maioria. Aulas de substituição, o ensino obrigatório do inglês no primeiro ciclo, a fixação dos professores no mesmo estabelecimento durante quatro anos, a aposta no ensino técnico-profissional são, para a maioria dos 40 pais, as medidas mais louváveis da educação dos últimos quatro anos.

O Magalhães divide os ouvidos. "Não foi utilizado uma única vez na sala de aula da minha filha. Só posso deduzir que o magalhães serve para as mães dos meninos jogarem Tetris quando têm insónias", acusa Elsa Rocha, mãe de Portimão. Todos são unânimes: os resultados destas políticas só serão visíveis daqui a alguns anos. "Brinca-se demasiado à educação. Acho que ainda nenhum ministério da educação acertou. É preciso dar tempo à implementação das reformas.

Jornal i

Concordo com praticamente todas as observações dos encarregados de educação que são pais atentos e preocupados com a educação dos seus filhos. Quem não estaria? - Só os muito distraídos ou que não querem ver.
Gostaria de acrescentar o seguinte: as crianças hoje passam tanto tempo na escola que não têm tempo para brincar .
Brincar faz falta , mesmo dentro do espaço escolar devia haver tempo e espaço para a brincadeira e convívio não dirigido.





Professores Portugueses Trabalham Mais e Governo Investe Menos

...Que outros países

Portugal continua a gastar pouco na educação, 6624 dólares anuais por criança, a média do pré-escolar ao superior, comparativamente à média da OCDE que é de 7840 euros. Se se olhar para o PIB, o investimento em educação equivale a 5,6 por cento; menos 0,1 que a média da OCDE. De 1995 para 2006, Portugal aumentou a sua despesa de 5 para 5,6 por cento do PIB. Há países como os EUA, a Dinamarca ou a Islândia que investem mais de sete por cento do PIB na educação.

A quase totalidade da despesa portuguesa (98,1 por cento) é para o pagamento de salários no ensino não superior.

Quando comparados os anos de 1996 para 2007, os professores portugueses passaram a trabalhar mais horas, de 783 para 855 no 1.º ciclo e de 644 para 752 nos 2.º e 3.º ciclos; no secundário aumentou de 574 para 684 horas por ano. As médias da OCDE para 2007 são também inferiores às horas que os docentes portugueses trabalham: 798, 709 e 653 para os 1.º; 2.º e 3.º ciclos e secundário, respectivamente.

Verdade Mentira Certeza Incerteza


Verdade, mentira, certeza, incerteza...
Aquele cego ali na estrada também conhece estas palavras.
Estou sentado num degrau alto e tenho as mãos apertadas
Sobre o mais alto dos joelhos cruzados.
Bem: verdade, mentira, certeza, incerteza o que são?
O cego pára na estrada,
Desliguei as mãos de cima do joelho
Verdade mentira, certeza, incerteza são as mesmas?
Qualquer cousa mudou numa parte da realidade — os meus joelhos
e as minhas mãos.

Qual é a ciência que tem conhecimento para isto?
O cego continua o seu caminho e eu não faço mais gestos.
Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual.
Ser real é isto.

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa