sábado, 30 de novembro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

O Sentimento De Insegurança, Aqui E Lá Fora, Cresce Todos Os Dias. É O Que A Sociedade Contemporânea Produz.

Portugal estaria entre os países do grupo com menos crimes e atentados. Ainda bem. Mas toda a gente sabe que o sentimento de insegurança, aqui e lá fora, cresce todos os dias. É o que a sociedade contemporânea produz.

Segurança consiste na certeza ou na esperança de que a integridade física dos cidadãos, os seus direitos, a sua liberdade, os seus familiares, os seus bens e a sua tranquilidade são respeitados ou protegidos. Segurança é  (...)

Insegurança, em Portugal, hoje, é este sentimento crescente, fundamentado ou não, comprovado ou não, de que a vida, a tranquilidade, a liberdade e os direitos individuais estão a ser ameaçados, de que o espaço público é perigoso e de que temos cada vez mais de nos abrigar em espaço privado e em casa.

Insegurança consiste em viver anos à espera de julgamento, de investigação, de detenção e de castigo de quem atentou contra os meus direitos, contra a minha integridade física, contra os meus bens e contra a minha liberdade.

É a crença fundada em instituições que servem para prever e prevenir, para estudar as condições de vida e de segurança, para procurar culpados e malfeitores, para julgar e castigar bandidos. (...)

Era disso tudo e muito mais que o Governo se deveria ocupar em matéria de segurança. Com serenidade, com sentido do dever e com a certeza de que estava a tocar em zonas complexas de sentimentos e da razão dos cidadãos. Com uma longa e recatada preparação, com uma revisão profunda da situação actual e com um exame sério e honesto das fragilidades actuais. Era sobre isso que o Governo deveria fazer leis, organizar instituições, avaliar organismos e ouvir as populações.

Às 20.00, ao mesmo tempo, em directo, como se fosse um país em guerra, sob uma ditadura ou em pleno PREC, oito canais de televisão transmitem a alocução (do Primeiro Ministro para falar de segurança) (...)
Esperava-se o pior. Coisa pesada. Medidas sérias. Revelações importantes. Ou diagnóstico dramático. Enfim, qualquer coisa que justificasse a expectativa e a solenidade. Não aconteceu nada. E se aconteceu, não se percebeu.    (excertos do texto de António Barreto, no Público, via Jacarandá)

A Frase (300)

O programa apresentado propõe-se regular o mercado, sem o estrangular e viciar. O congelamento de rendas deu cabo de Lisboa e do Porto durante duas décadas. Políticas públicas assim não servem as pessoas e o país.   (André Macedo, JEconómico

O acesso aos fundos de Bruxelas é um inferno sem fim que paralisa a vida das empresas e a economia. O ministro-adjunto Castro e Almeida tem pela frente um imenso monstro burocrático – os corpos intermédios do Estado – que desconfiam até do ar que respiram. O ambiente é envenenado e o risco de o país desperdiçar fundos é bem real. Mas Castro e Almeida tem outra luta entre os braços: a crise na habitação.

Ontem, foi apresentado um programa à partida bem desenhado que se propõe reduzir a especulação que castiga os preços dos terrenos. As ideias parecem ajustadas, vai buscar ao INE referências a partir das quais se farão medianas que, pelo menos no papel, podem ser um travão à bolha que não pára de aumentar. Dito de outra maneira, não é uma solução soviética, não expropria nem força ninguém, não lança proibições medonhas e impraticáveis, talvez até ilegais, como algumas das lançadas pela anterior ministra.

Busquemos As Coisas Boas


 Busquemos as coisas boas, não na aparência, mas sólidas e duradouras, mais belas no seu interior. Devemos descobri-las. Não estão longe, serão encontradas; apenas se precisa saber quando as encontramos. No entanto, passamos como cegos ao lado delas, tropeçando no que desejamos...

(Sêneca)