Fiel ... Só A Si Próprio

Sócrates confiante - como sempre - os objectivos estão a ser cumpridos, tudo está a correr muito bem, mas o problema segundo afirmou são os outros não confiarem (BCE, Banco de Portugal, FMI ...), e é por isso que são precisas mais medidas para os convencer.

Pois, mas nem com os anúncios do nosso descontentamento e empobrecimento - a confiança sobe :  A Agência Financeira cortou a avaliação de Portugal de A1 para A3 mantendo a perspectiva negativa.

A pergunta ingénua do chefe do Governo - "Fui desleal em quê? Quando faço aquilo que é o meu dever?" - pois parece que a lealdade e o dever é restrito e dirigido exclusivamente ao seu imaginativo super ego. Porque em relação ao Poder instituído - PR, AR e inclusivamente para com alguns parceiros do Governo - simplesmente ignora.

O primeiro-ministro negou que tivesse negociado o novo plano de austeridade em Bruxelas, explicando que apresentou apenas as linhas de orientação do quarto Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC 4) no conselho de sexta-feira da zona euro. 

E acrescentou: "Estamos disponíveis para negociar todas as medidas", disse José Sócrates. [ depois de anunciadas !?]

Explicou que apresentou as medidas em Bruxelas para que o País fosse para a cimeira da Primavera (a 24 e 25 de Março em Bruxelas) com uma "posição firme". "É do interesse nacional que fôssemos para a cimeira com as medidas anunciadas". - Alguém percebe? Eu não. - Mas é claro que é mais uma prestidigitação, e nada vai voltar atrás.

Afirmou ainda que se o governo cair se recandidata.- É claro se o PS for nessa, digo eu ...

Enfim, tudo igual, com uma 'nuance' - mais justificativo. Em proveito próprio - é claro.

Mercearias ...

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) estava obrigada, enquanto empresa pública, a reduzir, em pelo menos cinco por cento, os encargos com remunerações. Depois de um atraso na aplicação da medida, o banco estatal procedeu aos cortes, mas, ao contrário da maioria das entidades do Sector Empresarial do Estado (SEE), optou por emagrecer os subsídios de férias e não os salários. As reduções vão de cinco a vinte por cento.


Público

Não Podemos Continuar Adormecidos ...

Poderíamos continuar adormecidos, distraídos, entretidos. Como os outros. Mas naquele momento vemos com clareza que tudo terá de ser diferente. Que teremos de fazer qualquer coisa semelhante a levantarmo-nos de um charco. Qualquer coisa como empreender uma viagem até ao castelo distante onde temos uma herança de nobreza a receber.


Paulo Geraldo