Nouriel Roubini, o economista que previu a actual crise financeira e económica global, coloca um cenário assustador numa entrevista à CNBC: o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE) estão a «salvar» os países insolventes. Mas isso é apenas «chutar» o problema para o patamar superior. E quando a crise chegar a esse nível, quem os salva a eles?
«Agora temos uma data de entidades supra-soberanas (o FMI, a UE, a Zona Euro) a resgatar estas entidades soberanas», afirmou, considerando que esta situação apenas está a levar o problema para um novo nível, uma nova escala, concentrando-o. «Não virá ninguém de Marte nem da Lua emprestar dinheiro ao FMI ou à Zona Euro». O economista diz que existem outros países na «linha da crise». Portugal é o próximo. «Devido à severidade dos problemas de dívida, Portugal vai perder acesso aos mercados e isso significa que vai precisar de recorrer também à ajuda do FMI».
Mas o grande pesadelo da Zona Euro é a Espanha, o verdadeiro «elefante na sala da dívida pública». Quer isto dizer que, quando a Espanha cair, fará tombar muitos no caminho para o chão. Se Espanha cair não existe dinheiro oficial suficiente no envelope dos resgates europeu para salvar a Espanha. Por um lado, a Espanha é demasiado grande para falir e, por outro, demasiado grande para ser salva». (Agência Financeira)
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
A Utopia De Grandeza Deste Governo. Crepúsculo Da Europa ?
The Economist refere que Portugal reagiu muito tarde e que tem um "aterrador problema de competitividade".
Durante meses, Portugal protestou, dizendo que não era a Grécia. Agora quer convencer os investidores de que não é a Irlanda. É desta forma que começa o mais recente artigo da revista “The Economist” sobre Portugal, intitulado “Atlantic Trouble”.(JN) [ Nós sabemos, nós sabíamos, todos avisaram, o Governo nunca quis ouvir, e hoje, sem estratégia que não seja o de emendar as contas à custa do empobrecimento do país. Dizem que temos de nos habituar, mas nunca nos habituaremos aos estratagemas, às utopias de grandeza e ao concluío dos enganos]
Também Schroders, uma das maiores gestoras de activos do mundo, acredita que a Zona Euro, como a conhecemos hoje, pode desaparecer nos próximos anos. O economista-chefe da gestora acredita que Portugal, Irlanda e Grécia podem abandonar a moeda única e que, daqui a cinco anos, a Zona Euro poderá ter um mapa bem diferente do actual.
«Daqui a cinco anos, podemos ter uma composição diferente da zona euro. Grécia, Portugal e Irlanda poderão não pertencer ao euro», disse Keith Wade, ontem, numa conferência em Londres.
Para o responsável, «a questão não é a Grécia entrar em incumprimento, mas sim Portugal, Espanha e Irlanda. Se a Irlanda pedir ajuda, a seguir será Portugal», considera. (Agência Financeira).
Durante meses, Portugal protestou, dizendo que não era a Grécia. Agora quer convencer os investidores de que não é a Irlanda. É desta forma que começa o mais recente artigo da revista “The Economist” sobre Portugal, intitulado “Atlantic Trouble”.(JN) [ Nós sabemos, nós sabíamos, todos avisaram, o Governo nunca quis ouvir, e hoje, sem estratégia que não seja o de emendar as contas à custa do empobrecimento do país. Dizem que temos de nos habituar, mas nunca nos habituaremos aos estratagemas, às utopias de grandeza e ao concluío dos enganos]
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| O Crepúsculo |
«Daqui a cinco anos, podemos ter uma composição diferente da zona euro. Grécia, Portugal e Irlanda poderão não pertencer ao euro», disse Keith Wade, ontem, numa conferência em Londres.
Para o responsável, «a questão não é a Grécia entrar em incumprimento, mas sim Portugal, Espanha e Irlanda. Se a Irlanda pedir ajuda, a seguir será Portugal», considera. (Agência Financeira).
Sugestibilidade E Liberdade Individual
É a liberdade individual compatível com um alto grau de sugestibilidade individual?
Podem as instituições democráticas sobreviver à subversão exercida do interior por especialistas hábeis na ciência e na arte de explorar a sugestibilidade dos indivíduos e da multidão?
Até que ponto pode ser neutralizada pela educação, para bem do próprio indivíduo ou para bem de uma sociedade democrática, a tendência inata a ser demasiado sugestionável?
Até que ponto pode ser controlada pela lei a exploração da sugestibilidade extrema, por parte de homens de negócios e de eclesiásticos, por políticos no e fora do poder?
Aldous Huxley
A propósito, um comentador em 11-3-2005, afirmava o seguinte : Estes dados apresentados por Huxey são do tempo em que o behaviorismo era a máxima expressão da ciência psicológica. Huxley estava em dia com a ciência de seu tempo, era um intelectual que se destacava ( ...) não só nas letras, como, também, na biologia, na sociologia, na política, mas era humano e, como todo humano, era "filho" de seu tempo; mas como a ciência de seu tempo está hoje ultrapassada, logo, este texto também. [ Será que estas perguntas, mais hoje, que ontem, não se impõem e não serão perfeitamente ajustadas ao tempo que vivemos ? ]
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