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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018
Esta É A Frase
«Não há nada que o Estado possa ou deva fazer para salvar grupos de comunicação social que não souberam adaptar-se aos tempos, se penduraram no poder político, perderam leitores e se tornaram obsoletos»Até que ponto o Estado não tem a obrigação de intervir na comunicação social, enquanto não é encontrado um novo modelo de negócio para o sector? Esta interrogação do Presidente da República foi lançada há dias e é um completo desastre. Porquê? Porque reflecte uma história bem portuguesa: esperar que os outros resolvam os nossos problemas é uma especialidade nacional, nomeadamente quando os ‘outros’ são os contribuintes e a solução é injectar dinheiro através da intervenção do Estado. Ora, essa ideia adaptada à comunicação social é um erro tremendo, por três razões. (ler aqui)
Igual-Desigual
Eu desconfiava:
todas as histórias em quadrinho são iguais.
Todos os filmes norte-americanos são iguais.
Todos os filmes de todos os países são iguais.
Todos os best-sellers são iguais
Todos os campeonatos nacionais e internacionais de futebol são
iguais.
Todos os partidos políticos
são iguais.
Todas as mulheres que andam na moda
são iguais.
Todos os sonetos, gazéis, virelais, sextinas e rondós são iguais
e todos, todos
os poemas em verso livre são enfadonhamente iguais.
Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as acções, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou
[coisa.
Ninguém é igual a ninguém.
Todo o ser humano é um estranho
ímpar.
Carlos Drummond de Andrade
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