
Há quatro anos, todos os estudantes se revoltaram contra a perspectiva da morte do inocente.
Há dois anos, já dois estudantes se pronunciaram a favor.
No ano lectivo em curso, em 16 estudantes, só uma jovem se opôs ao assassinato do inocente. Os outros foram argumentando que, aceitando a invasão, muitos morreriam, eventualmente também o inocente. Portanto...
A conclusão é que o próprio Homem se tornou objecto de cálculo, coisa negociável. Assim, já não pode haver dúvidas: no meio das gigantescas crises mundiais, o núcleo mesmo da crise no nosso tempo é a crise de valores, a crise moral.
A Humanidade sob ameaça,Anselmo Borges,DN
