
Na sexta-feira, um deputado (...) insurgiu-se contra um pormenor:
o facto dos fotojornalistas tirarem fotos, com os seus zooms, aos ecrãs dos computadores dos parlamentares. O assunto não mereceria debate no hemiciclo, mas serviu para, em caixas de comentários de blogues e jornais, se medir o pulso a alguns sentimentos populares.
A resposta de Jaime Gama a José Lello, talvez temeroso de uma má reacção dos jornalistas, foi a de que os computadores são para serviço público. Não são pessoais. Os telemóveis dos membros do Governo também não são pessoais. Podemos ouvir? E os seus gabinetes também são de serviço público. E as suas secretárias e gavetas e armários. Podemos ir vasculhar? E um deputado pode olhar para o computador do lado e dividir com o plenário o que lá leu? O que diria Jaime Gama se tal acontecesse?
Daniel Oliveira,Expresso.pt
É claro que os deputados estão no parlamento para trabalhar, não para se divertirem com jogos ou outras. Cabe aos Srs. deputados honrarem as funções para as quais foram eleitos. Dito isto, acho uma indignidade e mesmo falta de escrúpulos tentar 'espiar' o que alguém escreve, lê ou a troca impressões com outrem .
Este, não foi o único caso que ocorreu numa das últimas sessões no Parlamento, em que Jaime Gama interviu um tanto ou quanto desabridamente. Como o compreendo, deve estar tão farto de engolir tanta coisa que observa e não gosta e como não é de ferro, com ou sem propósito, por vezes é difícil aguentar mais . O injustificado está justificado.