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domingo, 26 de dezembro de 2010

Sócrates E A Mensagem ...

Na mensagem Sócrates disse: Já se identificar sinais "animadores" de recuperação económica. Defendeu ainda,que se verificaram progressos no país ao longo dos últimos anos.

Porém o economista-chefe do Deutsche Bank, Thomas Mayer, parece não ser da mesma opinião, considera que a actual situação de Portugal, mais cedo ou mais tarde, irá necessitar da intervenção da União Europeia de forma a poder enfrentar a crise do défice.

«Não me admiro se isso acontecer brevemente», diz Thomas Mayer, acrescentando que, «é melhor mais cedo que mais tarde», disse o economista em declarações ao jornal alemão, Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung.

Thomas Mayer reconhece que em solo europeu, Espanha, Itália e Bélgica, estão em melhor posição e não necessitam, por enquanto, de ajuda externa para reequilibrar os seus défices.

O jornal alemão indica que o Governo português foi aconselhado a actuar rapidamente no âmbito do fundo de ajuda europeu no valor de 750 mil milhões de euros.

Opiniões são opiniões, valem o que valem - dirá o primeiro-ministro - até já lhe adivinhamos os argumentos.
O caminho para o precipício será dele e só dele. A pergunta é - e quando lá chegarmos? Será que por uma vez é capaz de ter a ombridade de assumir que errou e ir dá uma volta ao planeta?

Só Resta O Destino Dos Ramos E Das Garrafas De Plástico ...

Para mim, Para Ti, Para O Comum Dos Mortais

De repente, alguém - ou o vento - atira-nos ao leito de um rio, graças à matéria de que somos feitos, em vez de irmos ao fundo, flutuamos; isso já nos parece uma vitória e, por isso, de repente, começamos a correr; deslizamos velozes para onde a corrente nos arrasta; de vez em quando, um molho de raízes ou uma pedra obrigam-nos a parar; ficamos para ali durante algum tempo, batidos pela água, e depois a água sobe e liberta-nos, e continuamos em frente; quando o curso é tranquilo, vamos à superfície, quando surgem os rápidos, submergimos; não sabemos para onde vamos e nunca ninguém pergunta; nos troços mais calmos, conseguimos ver a paisagem, os diques, os silvados; mais do que pormenores, vemos as formas, o tipo de cor, vamos demasiado depressa para vermos outras coisas; depois, com o passar do tempo e dos quilómetros, os diques vão ficando mais baixos, o rio vai alagando, ainda há margens, mas, por pouco tempo.

« Para onde vais ?» perguntamos então a nós próprios e, nesse instante, à nossa frente, abre-se o mar.

Susanna Tamaro