quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

Saiba Como Vai Este País

Não houve tempo em que Portugal mais precisasse de Marcelo Rebelo de Sousa no seu melhor. Sem açúcar nem afetos, com ponderação e sabedoria, guiando os minoritários do poder e os minoritários da oposição para consensos que, respeitando os pontos principais da vontade de mudança expressa nas últimas Legislativas (menos impostos, melhores cuidados de saúde e crescimento económico que trave a emigração), possam vir a ser traduzidos na aprovação do Orçamento do Estado para 2025.

O tempo é de Marcelo, que tem neste (e no próximo) processo orçamental a melhor oportunidade para deixar uma boa última impressão da sua década na Presidência da República. Não é por acaso que há poucas semanas, num restaurante lisboeta de nome evolucionista, pouco distante do Palácio de Belém, um antigo primeiro-ministro debatia, num almoço com um ex-ministro, a impossibilidade constitucional de dissolver a Assembleia da República no último semestre do mandato de Marcelo, e nos primeiros seis meses após a eleição de um sucessor que poderia até estar sentado àquela mesa.   (Leonardo Ralha, DN)

A Frase (221)

Em geral os comentadores políticos lusitanos continuam a promover os políticos mais incompetentes e mais à esquerda, mas mais sorridentes. (...) Regra geral promoveram também sempre um cada vez maior e mais despesista Estado, com os correspondentes impostos cada vez mais altos e consequentes baixos salários e alta emigração dos mais qualificados. Nunca há inversão da marcha de sempre que nos trouxe até aqui. Há um expresso do pensamento difundido para o público sempre com o mesmo destino. Não discutem nem exploram novos caminhos. (Pedro Caetano, OBSR)

A ausência de contraditório na imprensa portuguesa sufoca mais e é mais assustadora do que quando rolamos dentro de uma onda nas Azenhas do Mar por mais alguns segundos do que estávamos a contar. É asfixiante do pensamento a falta de ar na maioria dos comentadores lusos. Sem ar nem frescura não podemos ser criativos nem resolver problemas eficientemente. Intelectualmente definhamos, caímos em rotinas improdutivas inquestionadas e nada criativas. Tais comentadores contagiam a sociedade com a sua mediocridade e falta de originalidade. Pior ainda, fecham o debate na sociedade insultando em conjunto e caindo em cima de quem ousar pensar diferente ou propuser soluções alternativas. Imobilizam a sociedade mentalmente impedindo soluções inovadoras eficazes para os problemas da sociedade portuguesa. (Continuar a ler) 

Humor


 O Humor é um Indicador do Equilíbrio - O humor surge quando a razão não está em perfeito equilíbrio com as coisas e, das duas uma, ou luta por dominá-las sem o conseguir - caso em que se fala do «mau humor» -, ou se deixa dominar até certo ponto por elas, não se importando, salvo honore, de entrar no jogo - caso em que estamos perante o chamado «bom humor». Um bom símbolo para estas vicissitudes da razão seria um pai que condescende em brincar com os filhos e que acaba por ter mais prazer com a brincadeira do que aquele que lhes proporciona.

(Johann Wolfgang von Goethe)