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sábado, 27 de janeiro de 2018

Notícias Soltas

É A Política Que Temos

Um primeiro-ministro ataca a EDP e a Altice em pleno Parlamento, um líder do PSD questiona o governo sobre a escolha de uma empresa multinacional por Lisboa (por sinal, escolheu Oeiras…). E quando é que percebemos que não cabe ao Estado substituir-se às empresas nas suas opções, sobretudo ou especialmente quando não há qualquer envolvimento de dinheiros públicos? E quando é que contribuímos para uma separação clara entre os governos e as empresas. E quando é que libertámos a sociedade civil – e empresarial – da necessidade de correr para os braços dos governos?

Esta semana, Ricardo Arroja escreveu no ECO sobre o ‘liberalismo de Estado” de Rui Rio. Não foi necessário esperar muito para se mostrar uma análise tão acertada. E desta vez, nem precisou da ajuda do governo… O ministro-adjunto Pedro Siza Vieira veio repetir o que já tinha sido dito, o governo não decidiu a localização da Google. Sim, por estranho que possa parecer, há empresas que decidem sem a intervenção dos governos, que fazem opções em função dos seus interesses, sem pedirem ao Estado que decida por elas.(continuar a ler)

Estas São As Frases

Para cúmulo, no espasmo vale tudo e confunde-se tudo. Confunde-se estupros com festinhas no ombro, chantagens com piropos, violência com engates e, principalmente, mulheres que foram abusadas de facto com mulheres que fingem ter sido abusadas de modo a não perderem lugar na plateia dos linchamentos. É evidente que, ao valorizar-se vítimas imaginárias de crimes imaginários, acaba-se a desvalorizar-se vítimas reais de crimes medonhos. E acaba-se a colaborar no crime.

E aquilo do sr. Lula? Alguém acredita que um socialista possa ter delapidado em diversos milhões o povo que tanto adora? Alguém acredita que um ex-sindicalista possa ser um rematado ladrão? Alguém acredita que o homem que cruzou o oceano para apresentar uma obra de José Sócrates possa estar no centro de um dos maiores esquemas de corrupção que o mundo conheceu? Eu não acredito. Para mim, é golpe.

Alberto Gonçalves, OBSR 

A Decisão

Pensamos para decidir bem, mas o momento da decisão não é racional. Decidir é passar da deliberação à ação, deixando o pensamento para trás. A decisão implica sempre uma cisão, uma rutura, um corte.
O momento crítico da decisão é uma espécie de salto interior que estabelece uma distância enorme entre o antes e o depois. Um instante chega para que mudemos de rumo e comecemos um novo capítulo na história da vida.
Decidir é preferir entrar por uma porta, o que implica preterir todas as outras. E há quem não consiga aceitar que a vida é feita de sacrifícios que exigem deixar para trás coisas boas, em vista de outras, melhores.
As dúvidas e incertezas não desaparecem com a decisão. Muitas vezes, se lhe dermos espaço interior, até aumentam. No entanto, como é tempo de aplicar o que se determinou, devemos guardar para depois as análises e avaliações. Se passarmos o tempo à espera de resultados, não fazemos nada. Há tempo para pensar e tempo para agir. Decidir não é só mudar de um tempo de meditação para outro.
As consequências das nossas resoluções são sempre mais do que aquelas que nos é possível prever. Mas decidir é abrir portas e avançar, não é fechá-las e escondermo-nos.
Se não souberes para onde ir, toma atenção ao vento que sopra … e vai, não para onde ele 
vai sem ti … mas para onde tu queres ir, com ele.

José Luís Nunes Martins