sexta-feira, 10 de maio de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

Saiba Como Vai Este País

       
De repente Pedro Nuno Santos e André Ventura deram as mãos e, obviamente por mero acaso, desataram a aprovar em conjunto propostas que contrariam as intenções e planos do Governo. Estão no seu direito e nada impede que se juntem.

 No entanto, convirá recordar que para Pedro Nuno Santos, durante a campanha eleitoral, havia uma linha vermelha em relação ao Chega. Agora, feitas as eleições, no quadro parlamentar, a linha vermelha deixou de existir e PS e Chega convivem num mapa cor de rosa. 

Ora isto quer dizer que a partir daqui as críticas de Pedro Nuno Santos a quaisquer entendimentos parlamentares com o Chega soam a falso. Ficamos a saber que aquilo que é vermelho para os outros, é cor de rosa para o PS. Mas este entendimento com o Chega em relação às SCUT mostra uma outra coisa: sem sobressaltos Pedro Nuno Santos passou de líder do regresso da ferrovia para mentor de maior utilização do automóvel. 

Estes singelos episódios parlamentares entram naquele crescente rol de coisas que levam as pessoas normais a não acreditar no que os políticos dizem. Se não conseguem ser coerentes no que afirmam, como se pode ter confiança no que dizem querer fazer? 

Pedro Nuno Santos até já sugeriu que, mesmo estando na oposição, consegue tomar mais medidas que o actual Governo. 

Talvez ele se possa recordar que o PS, ao fim de oito anos de governo, deixou por resolver as reivindicações de recuperação do tempo de serviço dos professores, o pagamento de suplementos de risco para as forças de segurança, a revisão salarial dos guardas prisionais, os suplementos e horas extraordinárias dos funcionários judiciais e os aumentos e revisão da carga horária de médicos e enfermeiros. Será que se esqueceu disto tudo?

(Falcão, A Esquina do Rio)

Frase (108)

Se olharmos com atenção para todos estes documentos que estão a moldar o futuro, onde há 30 anos a palavra chave seria a liberdade, hoje é a segurança.
 (Beatriz Soares Carneiro, OBSR)

A União Europeia construiu-se como um projecto de paz, prosperidade e liberdade.(...) No entanto, esta lógica fundacional, de liberdade, poderá ser, dentro de pouco tempo, coisa do passado. O mundo mudou e a Europa viu-se sozinha e com necessidade de assegurar a sua autonomia estratégica. (...)

A União Europeia acorda, agora, sobressaltada num mundo cheio de concorrentes, com inimigos à sua porta, com as suas indústrias deslocalizadas, o seu PIB a crescer menos que o dos seus rivais, sem gigantes tecnológicos que concorram com os americanos e sem capacidade de inovação ou de investimento como aquela que existe nos EUA e na China. Este diagnóstico, assuma-se, é dramático, mas, ainda assim, cada vez mais unânime. (...)

A reindustrialização é o novo grande projecto Europeu, sendo transversal a todas as políticas: defesa, automóvel, farmacêutica ou espacial. Se no último mandato o Green Deal foi vendido como o momento “man on the moon” Europeu, para os próximos 5 anos a tendência é um novo European Industrial Deal, como pede a Declaração de Antuérpia.

Plagiar ...


Plagiamos, uma saudade que dói sem sensatez.
Plagiamos, sem ferir por ser uma dor sem medida.
Plagiamos, as portas fechadas com sete chaves.
Plagiamos, os delírios pendurados ao pescoço.
Plagiar, é morrer de sede ao pé da fonte.
Onde a carcaça seca sem alimento.
Plagiamos, as garras e o uivo de um lobo.
Plagiamos, a água que queima como fogo.
Onde, anda o escorpião com o seu veneno.
Na poeira sem perdão, desta nossa escuridão.
Feita em desatinos camuflados de malvadez.
Plagiamos, a dor, a vida, o amor....
Que não nos pertence.!!

(Isabel Morais Ribeiro Fonseca)