sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (225)

A derrota do Hamas interessa a todos, mas é tarefa de Israel. Os outros podem assim permitir-se o luxo de se sentirem chocados.  (Rui Ramos, OBSR)

Quando virem nos ecrãs as caras empoeiradas de crianças feridas na operação militar que Israel conduz em Gaza contra os terroristas do Hamas, pensem que há quem seja completamente indiferente ao sofrimento dessas crianças: é o Hamas. O Hamas sabia o que ia acontecer quando planeou o massacre de judeus de 7 de Outubro. Sabia que os civis em Gaza iam encontrar-se num campo de batalha. O Hamas preparou túneis e bases subterrâneas para se proteger. Usou para isso os materiais de construção que entravam em Gaza. Não os usou para construir abrigos para a população, como existem em Israel. Para o Hamas, os habitantes de Gaza são mais interessantes mortos do que vivos. Mortos, são o material de propaganda com que conta minar o apoio ocidental a Israel.

É este o jogo macabro do Hamas, e perante isso há quem lamente o modo como Israel, ao atacar os terroristas em Gaza, parece jogar esse jogo. É compreensível. Nada como o sofrimento de inocentes para desgastar a razão de uma guerra. A extrema-esquerda anti-semita ocidental aproveita para criminalizar Israel, como se a guerra fosse um simples capricho sádico. 

O Tempo E o Espírito


O tempo, embora faça desabrochar e definhar animais e plantas com assombrosa pontualidade, não tem sobre a alma do homem efeitos tão simples. A alma do homem, aliás, age de forma igualmente estranha sobre o corpo do tempo. Uma hora, alojada no bizarro elemento do espírito humano, pode valer cinquenta ou cem vezes mais que a sua duração medida pelo relógio; em contrapartida, uma hora pode ser fielmente representada no mostrador do espírito por um segundo.

(Virginia Woolf, em "Orlando")