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domingo, 13 de janeiro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

*"Coletes amarelos" acusados de agredir jornalistas


*"Há hospitais com 200 camas contratadas em lares de terceira idade"  




Um Parlamento Que Não Se Dá Ao Respeito É Letal Para A Democracia.


Assim Acontece: 

O Parlamento português parece cada vez mais uma fortaleza de defesa dos deputados e dos seus privilégios. Com inusitada frequência surgem no espaço público notícias sobre irregularidades e vilanagem. E logo se ouve um deputado declarar que tem “a consciência tranquila”, cliché cada vez mais utilizado pelos corruptos.

António Barreto, Público

É a instituição que melhor representa a democracia. Com muitos ou poucos partidos, com ou sem maiorias absolutas, o Parlamento é condição de democracia. Não há democracia sem Parlamento. Ainda não se inventou melhor. É talvez a instituição que melhor defende a democracia. Mas do Parlamento também podem vir perigos. Um Parlamento que não se dá ao respeito é letal para a democracia.

Entre os parlamentos nacionais raquíticos e o parlamento europeu obeso, vai-se criando um espaço vazio, rapidamente preenchido. Por quem? Pelos movimentos populistas, grupos de pressão, empresas multinacionais, vanguardas políticas, associações criminosas, organizações de traficantes e toda a espécie de confrarias financeiras.

Alastra A Canalhice A Toda a Sociedade. É Assim Que Vai O Nosso Portugal

No nosso País um canalha cuja intenção não se possa provar é uma vítima do Ministério Público e do julgamento público e, coitado, deixa de poder fazer canalhices no lugar que ocupava.

Rita Fontoura, OBSR

Os principais julgados que foram absolvidos total ou parcialmente, na opinião do Juiz, agiram de forma incorrecta do ponto de vista moral. Usando a linguagem de um deles, posso concluir que foram “canalhas” mas não se conseguiu provar que tivessem intenção de ser canalhas. No nosso País um canalha cuja intenção não se possa provar é uma vítima do MP e do julgamento público e, coitado, deixa de poder fazer canalhices no lugar que ocupava ficando apenas com o domínio da actividade privada para as suas canalhices. (continuara ler)

Quando os princípios e a ética deixam de ser critério, as actividades nas esferas do poder enchem-se de canalhas. São eles que fazem as leis, que escolhem os decisores, que aplicam ideologias perversas, que afastam quem faz o bem, que se impõem sobre a livre iniciativa.

Normalmente nestes casos o percurso é progressivo até chegar à fase do descaramento. Pelo caminho fica a apatia de um povo. Aumenta o afastamento da política, o desânimo, e alastra a canalhice a toda a sociedade. É assim que vai o nosso Portugal.

Que 2019 possa ser o ano em que saibamos abrir os olhos e lutar por uma sociedade onde a honra, a seriedade, a procura do bem comum e a verdade voltem a ser padrões que nos guiem. Ainda vamos a tempo.

Quem?


Não sei quem és. Já não te vejo bem... 
E ouço-me dizer (ai, tanta vez!...) 

Sonho que um outro sonho me desfez? 
Fantasma de que amor? Sombra de quem? 

Névoa? Quimera? Fumo? Donde vem?... 
- Não sei se tu, amor, assim me vês!... 
Nossos olhos não são nossos, talvez... 
Assim, tu não és tu! Não és ninguém!... 

És tudo e não és nada... És a desgraça... 
És quem nem sequer vejo; és um que passa... 
És sorriso de Deus que não mereço... 

És aquele que vive e que morreu... 
És aquele que é quase um outro eu... 
És aquele que nem sequer conheço... 


(Florbela Espanca )