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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sócrates Lamenta ... O Que é que Sócrates lamenta? ...

José Sócrates não deixou de lamentar que só agora se parta para as negociações.

“Lamento que o País tenha perdido este tempo”, disse.
- Cinismo. 


Cinismo foi uma escola da filosofia grega, saída dos ensinamentos de Sócrates, assim denominada por expressar simbolicamente a atitude mordaz e o género de vida anti-convencional que os caracterizava.
O desprezo pelas convenções sociais exibido pelos cínicos gregos, assim como a interpretação da ironia socrática, está sem dúvida na origem da palavra até ao seu sentido actual. Posteriormente, o termo adquire um sentido pejorativo pela contradição verificada, por vezes, entre o ideal ascético divulgado e o hedonismo vivido

A Palavra Negociação Assusta. Sim

À saída de uma conferência a decorrer no Instituto Superior Técnico, o ministro da Economia disse estar satisfeito com "a disponibilidade do PSD para negociar", e acrescentou. " A palavra  negociação não deve assustar ninguém."

- Ai não, que não deve ! Quando as mão estão limpas, é preciso cuidado, quanto mais quando já se sabe do que a casa gasta. ...
Primeiro -Negociar, é uma palavra inapropriada quando esta gente tem nas mãos a 'vida' de muita gente.
Segundo - Das duas uma, para chegar a algum consenso, mínimo que seja, com este Governo, ou se é muito ingénuo ou muito crente - só com uma desinfestação do grande núcleo infestante seria e será possível inverter o caminho para o desastre total.

Uma Pedrada No Charco

Quando, como aconteceu nesta última semana, o céu cai em cima das nossas cabeças, e o horizonte se torna de chumbo, a pergunta sobre o valor da democracia torna-se natural, quase inevitável.

Nesta semana de verdadeiro horror orçamental, o que a frequente, a quase obsessiva pergunta do cidadão sobre a natureza e o valor da democracia traduz é, acima de tudo, uma brutal erosão da confiança nos seus líderes.
Uma erosão que pode vir a não ter um retorno fácil, tal a sua intensidade. E também por ter sido o culminar de um processo em que, durante meses, se ouviram vezes sem conta garantias de que não iria acontecer nunca aquilo que, precisamente, depois aconteceu.

É nestas circunstâncias que surge a pergunta: é isto a democracia?!... É que a democracia é, antes de mais, um contrato de confiança entre os cidadãos e os seus líderes, com base numa empatia e num programa. Sem confiança, desaparece a legitimidade política e fragilizam-se todas as práticas sociais, económicas e culturais de uma sociedade. A metáfora do "pântano" traduz bem este processo, apontando para as areias movediças que tudo ameaçam.

E a confiança hoje não decorre apenas das eleições, ao contrário do que, infelizmente, muita gente continua a pensar. É um facto que é lá que ela nasce, mas só a acção que se lhe segue lhe dá verdadeiro enraizamento e efectiva consistência.

Fonte: Manuel Maria Carrilho,DN

A Armadilha

Estudemos as coisas (...). É necessário conhecê-las, ainda que não seja senão para as evitar. As contrafacções do passado tomam nomes falsos e gostam de chamar-se o futuro. Esta alma do outro mundo,(que já é...) passado, é atreita a falsificar (...). Precatemo-nos contra o laço, desconfiemos dela. O passado tem um rosto, que é a superstição, e uma máscara, que é a hipocrisia. Denunciemos-lhe o rosto e arranquemos-lhe a máscara.

Adaptação de uma frase de Victor Hugo