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terça-feira, 28 de março de 2017

A Rebaldaria: 1 Chefe Para Cada 4 Funcionários E Meio - Tudo De Pernas Para O Ar ...

... E todos nós a pagar


Auditoria revela que os trabalhadores têm ainda direito a dispensa de oito horas por cada mês e à folga no dia de aniversário. Nada está previsto na lei. E custa mais de 47 mil euros por ano.

Apesar de a lei exigir, no mínimo, um rácio de 10 trabalhadores por cada coordenador, os recursos humanos da Direção-Geral da Segurança Social (DGSS) tinham em setembro de 2015 um chefe para cada 4,5 funcionários. Os resultados da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) à DGSS, aprovada a 9 de fevereiro passado, divulgados hoje pelo Dinheiro Vivo (nas edições do DN e do JN) dão conta até da existência de dois casos concretos em que duas coordenadoras técnicas chefiam um e três funcionários respetivamente.
Mais atropelos à lei: quatro técnicos superiores e duas coordenadoras técnicas beneficiam do regime de isenção de horário de trabalho sem cumprirem os requisitos necessários. E todos os trabalhadores gozam de oito horas de dispensa mensal, e têm ainda direito à folga nos dias de aniversário. “Esta situação traduz-se no benefício adicional de mais 12 dias anuais de não trabalho (que acrescem aos dias de férias) e tem um impacto financeiro anual superior a 47 mil euros (apenas considerando os técnicos superiores)”, diz o relatório da auditoria, citado pelo DN.
Ao todo, serão atualmente 86 os trabalhadores efetivos da DGSS – 16 dirigentes, 44 técnico superiores, 21 assistentes técnicos, quatro assistentes operacionais e um técnico de informática.
Também ao DN, o gabinete do ministro do Trabalho e da Segurança Social explicou que as dispensas ao trabalho estavam previstas na lei de 2005, mas não na legislação entretanto aprovada e a vigorar desde 2013; e justificou o rácio chefe/subordinados com o “emagrecimento radical” do quadro de funcionários, que passou de 125 em 2009 para 73 em 2015.

A UE Na Viragem Do Século

As divergências tornaram-se maiores, entre regimes como os do norte, que na viragem do século se adaptaram para competir globalmente, e regimes como os do sul, em que nada disso aconteceu.
A união monetária, em vez de propiciar mudanças, tem financiado o seu adiamento, antes e depois da “crise do euro”.

A UE tornou-se assim o perverso caldo de cultura das demagogias mais cínicas. Catarina Martins pode servir de exemplo: exige a saída portuguesa da moeda única – para defender o que chama “Estado social”, quando sabe muito bem que o abandono do euro, com a desordem e a inflação decorrentes, significaria rapidamente o colapso venezuelano do seu “Estado social”. Então porque quer sair? Porque Martins, tal como Jerónimo de Sousa, também sabe que esta Europa dificilmente comportará projectos de sociedade, como os deles, sugeridos por uma ou outra fase da ditadura soviética. E era isso que importava que a UE tornasse ainda mais manifesto, como já foi no passado.

Hoje, a UE é um albergue espanhol em que cabem regimes bancarroteiros, como o do Syriza na Grécia, ou autoritários, como o do Fidesz na Hungria. Mas o problema não está apenas na oportunidade dada a parasitas e a provocadores. Está na ambiguidade do sistema, que alimenta todas as indecisões e artimanhas, como as daqueles que renegam a UE, enquanto se aproveitam dela. A integração europeia, se quer continuar a ter um sentido, tem de deixar de ser uma simples ginástica tecnocrática, para constituir novamente uma opção política sobre modos de vida. Precisa de um pouco menos de Eurostat e de bastante mais de filosofia.

Excertos do artigo de Rui Ramos, OBSR 

Desafio

Depois de termos conseguido subir a uma grande montanha, só descobrimos que existem ainda mais grandes montanhas para subir.

Nelson Mandela