A identidade europeia não pode ser uma categoria administrativa. Tem de voltar a ser uma ideia moral e cultural, baseada na liberdade, na igualdade e no primado da lei.
A Europa tem de compreender que o combate ao extremismo islâmico não é uma guerra contra o Islão. É uma guerra pela liberdade. E essa liberdade tem de ser afirmada com coragem, não apenas com compaixão. Os imigrantes que procuram a Europa não vêm por ódio à sua cultura, mas pela promessa de uma vida melhor. É essa promessa que precisa de ser cumprida, não através do multiculturalismo difuso, mas através de um projeto político claro: um contrato cívico que define direitos e deveres, liberdade e responsabilidade. (...)
Em última instância, a luta contra o extremismo islâmico é a luta pela própria Europa – não a Europa geográfica, mas a Europa política e espiritual. A Europa que nasceu da razão e da dúvida, da liberdade e da igualdade, e que agora hesita diante do fanatismo por medo de parecer intolerante. Mas o verdadeiro intolerante é o que impõe o silêncio. O verdadeiro racismo é o que aceita a submissão das mulheres em nome do respeito cultural.
Não há nada mais europeu do que defender a liberdade de todos, inclusive daqueles que acreditam de outro modo. Mas essa liberdade exige um princípio: que nenhuma crença, nenhuma cultura e nenhuma lei religiosa possa sobrepor-se à dignidade humana. É isso que está em causa – e é isso que a Europa tem de recuperar, antes que o véu do medo cubra o seu próprio rosto.
Em última instância, a luta contra o extremismo islâmico é a luta pela própria Europa – não a Europa geográfica, mas a Europa política e espiritual. A Europa que nasceu da razão e da dúvida, da liberdade e da igualdade, e que agora hesita diante do fanatismo por medo de parecer intolerante. Mas o verdadeiro intolerante é o que impõe o silêncio. O verdadeiro racismo é o que aceita a submissão das mulheres em nome do respeito cultural.
Não há nada mais europeu do que defender a liberdade de todos, inclusive daqueles que acreditam de outro modo. Mas essa liberdade exige um princípio: que nenhuma crença, nenhuma cultura e nenhuma lei religiosa possa sobrepor-se à dignidade humana. É isso que está em causa – e é isso que a Europa tem de recuperar, antes que o véu do medo cubra o seu próprio rosto.
(Miguel Baumgartner, J Económico) Ler texto completo

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