sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Sonho


 “A VIDA VIVIDA NEM SEMPRE É A VIDA SONHADA”. Imaginamos e inventamos o que queremos e com quem queremos conviver para depois esquecermos tudo em seguida, assim são os “Sonhos “. Sonhos sonhados; Sonhos inventados; Sonhos idealizados; Sonhos vividos...e nesta ciranda de pensamentos fazemos com que se tornem realidade.       (Sandra Deglaux)

A ciência adverte que os sonhos são uma aceitação da imaginação inconsciente enquanto dormimos. Advirto-vos que “quanto mais conhecemos as nossas emoções, pensamentos, limites, qualidades, imperfeições , quanto mais sabemos de nosso potencial humano, mais conscientes ficamos de poder decifrar os mistérios que ainda guardamos dentro de nós”

Ao racionalizarmos os sonhos, perde-se a força que o sonho “propriamente dito” exerce sobre a realidade, pois nosso cérebro começa a fazer suposições e cria mecanismos de defesa sobre determinado problema.

Entre os sonhos que mais ocorrem estão: viagens  - viajar remete-nos a obtenção de conhecimento, cultura, prazer e fazer novas amizades ou ainda conhecer o amor nos sonhos da vida de alguém, não há limites para sonhar sabendo-se da importância de projetar através deles os nossos mais profundos desejos.

Sonhar acordado também é necessário, sempre que o praticamos, estamos a fixar o nosso desejo de algo que nos beneficiará, muitos projetos saem dos sonhos e depois passam para o papel  tornando-se realidade.

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (260)

A partir de determinado momento, e esse momento neste caso já passou há muito tempo, já não importa quem tem razão nem sequer quem ganha ou perde. Apenas a paz é necessária, desejável e exigível. (Bruno Bobone, OBSR)
  
Aquilo que mais me dói é assistir, de parte a parte, e dos defensores de cada parte, a um desfilar de argumentações e de acusações sobre a responsabilidade dos acontecimentos, sobre as razões daquilo que se está a passar e nunca sobre a solução que necessitamos conseguir.

A partir de determinado momento, e esse momento neste caso já passou há muito tempo, já não importa quem tem razão nem sequer quem ganha ou perde.

Apenas a paz é necessária, desejável e exigível.

Inicial


O dia não é hora por hora,
é dor por dor,
o tempo não se dobra,
não se gasta,
mar, diz o mar,
sem trégua,
terra, diz a terra,
o homem espera.
E só
seu sino
está ali entre os outros
guardando em seu vazio
um silêncio implacável
que se repartirá
quando levante sua língua de metal
onda após onda.

De tantas coisas que tive,
andando de joelhos pelo mundo,
aqui, despido,
não tenho mais que o duro meio-dia
do mar, e um sino.

Eles me dão sua voz para sofrer
e sua advertência para deter-me.

Isto acontece para todo o mundo,
continua o espaço.

E vive o mar.

Existem os sinos.

(Pablo Neruda)

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (259)

O joio desconcentra-me. Os dias andam exigentes, não estão para distrações. Fiz um passeio no parque, atenta à observação deste tempo político: lembrando-me de todos os quadros da vida portuguesa de há mais de cinquenta anos, talvez não me lembre de uma simultaneidade tão tóxica de ingredientes igual à de hoje. Como ocorre com as infecções do organismo, o ar está doente. (Maria João Avillez, OBSR)

Infectado de irracionalidade e a política detesta-a (corre sempre mal); de escorregadia destemperança e a política precisa do contrário; de má-fé e a política não costuma ser complacente; de imaturidade e a política dispensa-a; de indecisos zangados ou vendilhões do templo, mas a política nunca deixa de mandar a factura (normalmente alta).

Sucede que o que aí está, não pode continuar a estar. Não há um português – nem os “interessados” – que suporte um minuto mais “disto”. Dançaram-se demasiadas valsas no verão, o outono continuou com polcas desastradas mas ambas, valsas e polcas, já não podem mais ser dançadas. Basta! Não há passeio no parque que varra este ar de suspeita e acusação – de torpeza para ser mais claro – que sopra em ventos cruzados. Sem propósito mas com consequência, porque em vez de política há birras, e no lugar do critério está a desconfiança.

E em vez de país, há cálculo. PS e Chega irmanam-se no cálculo e na ambição do poder: o primeiro no seu vício, oito anos é muito ano; o outro, na sua ânsia.
 
Não há um português que suporte um minuto mais “disto”. Dançaram-se demasiadas valsas no verão, o outono continuou com polcas desastradas mas ambas, valsas e polcas, já não podem mais ser dançadas.

Ouvir Com Os Olhos É Do Amor O Fado


Como no palco o ator que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,

Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.

Seja meu livro então minha eloquência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa

Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.

(William Shakespeare)

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (258)

PNS quer o partido a falar a uma só voz porque só um coro tão robusto consegue abafar o apito do amolador que já estacionou a bicicleta no largo do Rato.  (José Diogo Quintela, OBSR)

Para quem está sempre a avisar para o perigo que é o Chega, Pedro Nuno Santos, com este desejo de unanimidade incontestada, parece querer ser o André Ventura do PS.  

Agora, PNS está a ser demasiado exigente com os seus críticos. Pretender que os correligionários não se desviem do pensamento do líder é um problema, na medida em que para isso é preciso primeiro determinar qual é afinal o pensamento do líder. Decida isso e depois logo se vê.

O Eterno Retorno


De forma simples, a ideia do eterno retorno sugere que tudo o que aconteceu, está acontecendo e acontecerá novamente, em ciclos eternos.

Explicando melhor.

Nietzsche propôs esse conceito como um desafio profundo à maneira como as pessoas vivenciam suas vidas e enfrentam a ideia da morte.

A pergunta fundamental é:

“Você viveria sua vida mais uma vez e outra, e assim eternamente?”.

Nietzsche acreditava que viver cada momento como se fosse repetido infinitamente poderia levar a uma apreciação mais profunda e intensa da existência.

Por isso, a aceitação do eterno retorno, para Nietzsche, é uma medida do amor à vida.

Por outro lado, a rejeição dessa ideia poderia levar a uma vida mais superficial e desprovida de significado.

O conceito, portanto, visa provocar uma reflexão profunda sobre como vivemos nossas vidas e qual significado atribuímos a cada experiência.

(Friedrich Nietzsche)