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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Frase (245)

Não há como fugir à evidência. Urge bom senso e responsabilidade política para um pacto de regime para a saúde. Chegou a hora de menos ‘partidarite’.   (Lígia Simões, JEconómico)

Montenegro alerta que os privados estão “bloqueados” como o SNS. E realça, uma vez mais, a necessidade de “otimizar recursos” para “melhorar o resultado financeiro” de um sistema de saúde cuja despesa passou, numa década, de oito mil milhões para 18 mil milhões de euros, sem ter havido uma correlação entre esta evolução e os serviços prestados e percecionados pelas pessoas.

Por outras palavras, assiste-se a uma degradação em plano inclinado do desempenho da variável mais importante: o acesso. Sinal de que o SNS começa a ficar ligado às máquinas. Reanimá-lo é urgente e exige um compromisso coletivo cimentado entre decisores políticos, sociedade civil e comunidade médica. Uma reforma eficaz do SNS tem de passar pela valorização e reforço dos recursos humanos, a par da modernização administrativa e gestão eficiente, e complementaridade entre os diversos setores.

Não há como fugir à evidência. Urge bom senso e responsabilidade política para um pacto de regime para a saúde. Chegou a hora de menos ‘partidarite’. Não é prudente acenar com soluções fáceis e respostas para amanhã quando os problemas são complexos. Fazê-lo é politicamente estúpido e condena o SNS a uma lenta agonia. 

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