A história recente da indústria automóvel europeia não é apenas um caso de erro estratégico: é um manifesto sobre como a arrogância política pode destruir décadas de liderança tecnológica. O recente e humilhante recuo da União Europeia na proibição dos motores a combustão para 2035 não é uma "revisão" coisa nenhuma – é uma capitulação. É o reconhecimento (tardio) de que o mercado não é decretável por burocratas, estejam em Bruxelas ou noutro lado qualquer, mas conquista-se por quem compra e, neste caso, conduz.
As eleições presidenciais chegaram à fase do “mata-mata”. Os candidatos mais frágeis vão ser arrastados pela lei do voto útil da mesma forma que um objeto pesado é arrastado pela lei da gravidade. (Miguel Pinheiro, OBSR)
Já se percebeu que nestas presidenciais os eleitores não encontraram candidatos carismáticos, incontornáveis ou irresistíveis — e, quando não há convicção no voto, sobra a utilidade. Quem está à direita, quem está à esquerda e quem está fora do sistema vai pensar muito bem na melhor forma de evitar que o seu voto seja um desperdício ou um capricho.
Os candidatos, de facto, não têm ajudado. Todos eles cometeram erros infantis na campanha, o que aumentou a falta de vontade dos eleitores em meterem-se confortavelmente nas mãos deles.

Sem comentários:
Enviar um comentário