Ironicamente, a mais recente vítima de uma “investigação em curso” — Henrique Gouveia e Melo — é o candidato que estava a tentar atirar o rival mais direto — Luís Marques Mendes — para uma teia de suspeitas e de insinuações, exigindo uma espécie de inversão do ónus da prova. É mais um exemplo acabado de como é muito arriscado apostar tudo em campanhas negativas, que nunca correram particularmente bem a quem as organizou e liderou. Depois, já se sabe: quem com ferros mata, com ferros morre. (...)
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terça-feira, 30 de dezembro de 2025
Esta É A Frase (278)
O homem que se esforçava por parecer mais sério que todos os outros juntos vai passar dias a explicar as suspeitas que recaem sobre ele. Lá se foi a vantagem moral. É uma enorme ironia. E não a única.(...) (Miguel Santos Carrapatoso, OBSR)
Apesar de tudo, medir o impacto político destes casos (diferentes na sua natureza, semelhantes nas leituras que se podem retirar) é um exercício difícil. Difícil porque uma parte da opinião pública parece estar anestesiada com esta sucessão de “investigações”, buscas, casos e casinhos em alturas sempre oportunas; e difícil porque uma outra parte parece convencida de que os políticos são todos iguais. Não são. Mas fariam todos um enorme favor se não se entretivessem a atirar lama uns contra os outros, judicializando eles próprios a política. Inevitavelmente dá asneira. Não é pedir o impossível; o impossível seria pedir ao Ministério Público que comunicasse com transparência. Mas nisso já ninguém acredita.
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