Jürgen Schmidt, da universidade alemã de Potsdam, e Nikolai Brilliantov, da universidade britânica de Leicester, chegaram a esta conclusão após estudar os geiseres de vapor e gás, e as minúsculas partículas de gelo lançados do Polo Sul de Encélado a centenas de quilómetros no espaço. A sonda Cassini descobriu os jactos durante prospecção de Saturno.
Com a ajuda da Universidade alemã de Heidelberg e do também alemão instituto Max Planck, de física nuclear, os cientistas fizeram experiências em laboratório e analisaram dados procedentes do Analisador de Poeira Cósmica de Cassini.
Eles confirmaram que as partículas geladas expulsas pela Encélado contêm quantidades substanciais de sais de sódio, "o que sugere a presença de um oceano salgado em grande profundidade". O estudo indica também que a concentração de cloreto de sódio nesse oceano pode ser tão elevada quanto a dos oceanos na Terra.
Esta é a primeira prova experimental directa da existência deste oceano salgado, ao qual Schmidt e Brilliantov já se referiram em outro artigo na "Nature" em 2008, ao explicar que os jactos de vapor eram expulsos com maior força que as partículas de poeira.
Essa força significa a existência de água líquida sob a superfície, e as teorias sobre a formação de satélites sugerem que, quando um oceano líquido está em contacto durante milhões de anos com o núcleo rochoso de uma lua, se trata de um oceano salgado.
Encélado é um de três únicos corpos extraterrestres no sistema solar no qual ocorrem erupções de pó e vapor e é um dos poucos lugares, além de Terra, Marte e da lua Europa, de Júpiter, onde os astrónomos têm provas directas da presença de água.
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