O acordo ortográfico da Língua Portuguesa incorre "no absurdo" de recorrer à pronúncia para regulamentar os usos escritos, afastando-se da raiz greco-latina e das grandes línguas mundiais, quem o afirma é o filólogo Fernando Paulo Baptista .
Considera que o mais grave que o presente acordo comporta é na "Base IV", com as
designadas "sequências consonânticas", em especial nas "ct" e "pt", opção que
"vai liquidar aspetos importantíssimos da via erudita" da formação do
vocabulário da língua portuguesa.
Afirma que, ao fazer um estudo pormenorizado da língua portuguesa antes do
acordo e de cinco das línguas mais importantes no mundo, o inglês, espanhol,
francês, italiano e alemão, concluiu que estas preservam a raiz nas mesmas
palavras.
Encontra situações de "ditadura fonética", nomeadamente com verbo o latino
"ago", que deu o verbo agir, com "mais de quatrocentos vocábulos em língua
portuguesa", e em expressões como "atualidade" e "ação", "actuality" e "action"
em inglês, ou "actualité" e "action" em francês.
"Isso vai dificultar o rigor que o uso escrito da língua deve ter, mesmo na
criação poético-literária, na reflexão filosófica, nos grandes saberes da
cultura e na linguagem especializada de todas as ciências", sustenta-
JN
É mais uma opinião avalizada das muitas que temos escutado sobre o acordo, que afinal parece que ainda não o é. Havia necessidade disso? Daqui a poucos anos, os países da lusofonia, tendo em conta as características dos seus falantes geograficamente posicionados em regiões muito diferentes terão certamente novos vocábulos e escrita adaptada. Assim acontece com as línguas vivas.
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