O processo usado para estimar as calorias dos alimentos foi desenvolvido na mudança do século 19 para o século 20 por Wilbur Atwater.
É um sistema simples, que atribui quatro calorias para cada grama de proteína, nove calorias para cada grama de gordura, e quatro calorias para cada grama de hidrato de carbono.
Mais tarde, o sistema foi modificado para adicionar duas calorias para cada grama de fibra.
O painel de especialistas colocou uma série de evidências científicas que mostram que há muitos erros nesse sistema de atribuição das calorias aos alimentos.
Eles foram unânimes em atribuir falhas ao sistema de medição das calorias em pelo menos três itens:
- Não leva em conta a energia utilizada para digerir os alimentos;
- Não considera a parcela que as bactérias orais e intestinais retiram de vários alimentos; e
- Não considera as propriedades dos diferentes alimentos em si, que aceleram ou retardam sua viagem através dos intestinos.
Na verdade, afirmam os especialistas, o processo de cozimento "gelatiniza" o colágenio da carne, tornando-a mais fácil de mastigar e digerir - assim, a carne cozida tem mais calorias do que a carne crua.
As batatas são outro exemplo, onde o cozimento tira as qualidades naturais das proteínas, alterando seu valor calórico.
A forma como os alimentos são processados também pode torná-los mais fáceis de digerir, diminuindo a energia necessária para que o organismo os absorva, alterando totalmente sua contagem de calorias.
Pois, mas o que fazer, para podermos quantificar com alguma precisão as calorias que ingerimos?
Ainda não há uma proposta definitiva, mas pelo menos um país, a Austrália, já baniu o sistema de cálculo das calorias devido aos erros que ele induz.
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