Investigadores alertam para os riscos de saúde pública na caça aos javalis, animais que consideram potenciais reservatórios da bactéria responsável pela doença de Lyme, que afecta o sistema nervoso central, anunciou hoje a Universidade de Vila Real.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde e do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo das Doenças, nos últimos 20 anos foram detectados mais de 360 mil casos de Borreliose Lyme (BL) na Europa, uma doença que afecta o sistema nervoso central, entre outros órgãos e sistemas, com sintomas semelhantes aos da esclerose múltipla e até de fibromialgia.
O estudo hoje revelado e que é considerado «inédito» envolveu cientistas do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB), da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT) da Universidade Nova de Lisboa (UNL).
A infecção ocorre através da mordedura de uma carraça infectada e os sintomas mais comuns da doença são a fadiga generalizada, inchaço dos gânglios linfáticos próximos da zona de mordedura, mal-estar, dores de cabeça, por vezes febre e calafrios, rigidez do pescoço, dores musculares e articulares, podendo ocorrer paralisia facial e outros distúrbios do sistema nervoso central.
Os cientistas alertam para o «risco elevado de saúde pública», não só para os caçadores mas também para as pessoas que trabalham ou efectuam actividades de lazer ao ar livre em espaços agroflorestais.
Fonte:USF
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