Quando elegem líderes ou políticos, as pessoas tendem a preferir homens do tipo "macho dominante".
Mas, quando estão à procura de fazer novos amigos, buscam justamente o oposto.
E isto vale tanto para homens quanto para mulheres.
A explicação preferida dos psicólogos é que temos laços mais estreitos com os nossos amigos, o que nos torna mais vulneráveis à exploração por pessoas que possam tornar-se dominadoras e não confiáveis. Assim, a maioria das pessoas irá escolher pessoas não-dominantes e cooperativas como amigas.
Já no caso dos políticos, continuam os psicólogos, de olho na teoria de Darwin, tudo aconteceria como se estivéssemos sendo ameaçados por um outro grupo, estando profundamente enraizado em nós o impulso para procurar um líder forte para assumir o controle da situação.
Mais ou menos inconscientemente, deixamos influenciar-nos pela aparência física dos nossos líderes e políticos, e tendemos a preferir características diferentes neles, dependendo se estamos num estado de paz ou de guerra.
Lasse Laustsen e Michael Petersen, da Universidade de Aarhus (Dinamarca) adicionaram agora uma dimensão extra a essa teoria, descrita em um artigo publicado na revista Evolution and Human Behavior.
Percepção do conflito
A pesquisa mostra que as preferências quanto à aparência do candidato a líder dependem do contexto e das nossas diferentes percepções dos conflitos sociais.
É sobretudo quando enxergamos ameaças ou conflitos entre as pessoas que optamos por uma figura que possa encarar uma batalha contra o inimigo.
Laustsen e Petersen enfatizam que a ideologia política de cada um dá pistas de como nós, como indivíduos, percebemos os conflitos.
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