Que o cancro se torne um dia uma doença crónica é "agora um dos objectivos do nosso campo de investigação", afirmou Tomas Lindahl, um dos três investigadores distinguidos com o Nobel da Química pelos estudos dos mecanismos que permitem a reparação de ADN.
Os investigadores, segundo o Comité Nobel, conseguiram, através de uma espécie de "caixa de ferramentas de reparação de ADN", mapear, a nível molecular, a forma como reparar as células danificadas, permitindo também salvaguardar a informação genética.
"O trabalho desenvolvido forneceu conhecimento fundamental sobre como funciona uma célula viva e pode ser usada, por exemplo, no desenvolvimento de novas terapias contra o cancro", justificou o Comité Nobel, num comunicado divulgado a 07 de Outubro.
Nascido em Estocolmo, na Suécia, e especialista na área do cancro, Tomas Lindahl, 77 anos, desenvolve o seu trabalho como responsável do grupo emérito do Instituto Francis Crick de investigação biomédica, em Londres.
"Mais do que falar da cura do cancro, prefiro olhar para o problema como se se tratasse da diabetes", disse Tomas Lindahl em entrevista à agência espanhola Efe.
"Não se pretende curar a diabetes. Bem, pode tentar-se, apesar de ser muito difícil, mas pode viver-se com a doença, há uma boa medicação pode levar-se uma vida normal, sem estar o tempo todo assustado, explicou.
O obcjetivo "é conseguir o mesmo" com o cancro, "que se possa viver como ele, mas sem pensar nisso, e com uma medicação diária, conseguir ter uma normal", frisou.
No entanto, o investigador não se aventura em estabelecer um prazo para atingir esse objetivo, uma vez que existem diferentes tipos de cancro. (saber mais aqui)
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