«Para Marcelo Portugal é um quintal do qual põe e dispõe. Também era para Soares, mas o crescimento limitou-lhe a intervenção. Sem economia que nos valha e com a direita no bolso, Marcelo age como quer.»
André Abrantes Amaral, OBSR
O Presidente da República escolheu a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento para antecipar uma crise na direita portuguesa. Acrescentou que o desequilíbrio de poderes entre a esquerda e a direita o preocupava. E terminou dizendo que cabe ao presidente (ele próprio) corrigir esse desequilíbrio, o que com ele até será fácil visto que, como Marcelo não se esqueceu de referir, o presidente “veio da direita”.(...)
Não sou um adepto incondicional do sistema semipresidencial que nos rege ao ponto de o querer congelar mesmo que em detrimento da vida das pessoas. O problema é que essa mudança, a acontecer, não nos trará nada de bom. Marcelo é demasiadamente do sistema para ser uma solução. E na verdade, dele não veio ainda qualquer proposta. Uma ideia; uma visão que fosse. Nada. De forma que a mudança do sistema se reduzirá a isso mesmo: uma mera e simples modificação do que temos. Sem efeitos positivos na vida do país e com o senão de deslegitimizar qualquer tentativa de estabilidade no funcionamento do Estado, o país corre o risco de ficar dependente de um homem que não tem nada para oferecer.
Sem comentários:
Enviar um comentário