A Liga para a Proteção da Natureza (LPN) fez um alerta sobre a gestão do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) e onde aponta para falhas graves e que podem mesmo pôr em causa espécies e paisagens únicas.
Foi um comunicado que a LPN abordou este tema e deu como exemplo uma nova espécie (Helosciadium milfontinum), uma planta da família da erva-doce, descoberta na zona de Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira. Esta planta – que deve o seu nome à terra onde foi descoberta - habita em charcos temporários mediterrânicos e foi classificada, este ano, por investigadores da Universidade de Évora. Esta planta tem o seu habitat nos charcos temporários mediterrânicos, e que é um dos mais notáveis e singulares habitats de água doce da Europa, crescendo neles algumas espécies que mecanismos de sobrevivência e que lhes permitiram sobreviver e resistir desde o tempo dos dinossauros.
A LPN aponta "O aumento da área agrícola, notório nas estufas e culturas cobertas que ocupam grandes extensões no PNSACV” como uma das principais causas de risco para a extinção destas espécies. Estas novas culturas intensivas têm “suscitado preocupação com a conservação dos valores naturais que estão na base da criação do Parque Natural e integração na rede de áreas classificadas da União Europeia (Rede Natura 2000)", revela o comunicado que alega que a "legislação relativa às medidas de monitorização necessárias no Sudoeste Alentejano não foi até agora cumprida.” Considerando ainda como “urgente a implementação séria da lei de forma a garantir que os valores naturais únicos desta zona não serão destruídos", defendeu Jorge Palmeirim, presidente da direção nacional da Liga para a Proteção da Natureza. (continuar a ler aqui)
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