O número de reinfeções está subvalorizado porque é preciso confirmar se os vírus das duas infeções são diferentes. Muitas pessoas podem ter reativações e por ficarem assintomáticas contagiar outras.
A 19 de janeiro, a revista científica The BMJ reportava 31 casos de reinfeção confirmados em todo o mundo, mas o número será certamente muito maior. Isto porque um caso de reinfeção só é possível de ser confirmado se for possível sequenciar (ler) os genes dos vírus da primeira e da segunda infeções, para se comparar se é o mesmo ou se é diferente. Se for o mesmo, o mais provável é que o vírus estivesse escondido nas células e tenha sido reativado.
Em Portugal, também já houve cerca de duas dezenas de casos suspeitos de reinfeção. Mas, até ao momento, não foi possível confirmar nenhum deles, respondeu fonte do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge ao Observador.
O diretor da Unidade de Microbiologia Médica do IHMT lembra ainda que num ano de pandemia aprendemos muito sobre como diagnosticar a infeção e tratar os doentes com Covid-19, mas o conhecimento sobre a biologia do vírus e os seus mecanismos de atuação é pouco mais do que há um ano. Ainda há muito trabalho a fazer nesta área, diz o investigador.
Vera Novais, Público
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