Seja no caso das vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) – que induzem o sistema imunitário a produzir proteínas específicas do vírus, capazes de desencadear uma reação imunitária – ,como no caso das que usam um vetor viral (AstraZeneca e Janssen) – é inoculado um adenovírus inativado no qual foi inserido o ADN do gene do SARS-CoV-2 responsável pela produção da espícula, a proteína que permite ao vírus entrar nas células humanas -, o objetivo é comum: ensinar o sistema imunitário a reagir ao coronavírus como se já o conhecesse.
Então e quando já conhece mesmo, porque já teve de lutar contra uma infeção por ele provocada? O que estimula mais a imunidade? As vacinas especificamente desenhadas para esse efeito ou a doença em si, na sua enorme escala de gravidade, desde a ausência de sintomas à ameaça para a vida, passando pelos casos de gravidade ligeira a média mas que lutam com sintomas e sequelas durante meses.
Para começar, há diferenças acentuadas na forma como o sistema imunitário lida com uma e outra coisa.
O que se sabe:
Alcance: A resposta imunitária é maior depois de ter estado infetado do que com a vacinação. Com qualquer uma das vacinas, o corpo aprende a localizar e reagir à proteína de espícula, mas o SARS-CoV-2 conta com mais 28 proteínas que usa para “sequestrar” as nossas células e replicar-se milhares de vezes. Isto quer dizer, explica Eleanor Riley, imunologista da Universidade de Edimburgo, à BBC, que quem esteve infetado pode ter melhor imunidade às novas variantes, já que o seu sistema imunitário reconhece mais do que a proteína spike.
Eficácia: Já é claro, agora, que quem apanhou o vírus uma vez pode apanhar mais e que os vacinados também podem ser infetados. Pelo lado da vacina, importa insistir que a sua eficácia elevadíssima é em evitar doença grave, hospitalização e morte. Portanto, quando se fala em eficácia, fala-se, por enquanto, em proteger nestes aspetos e, aqui, tanto a infeção com a vacina parecem ser igualmente eficazes. O que se sabe é que os níveis de anticorpos são, em média, mais altos um mês depois da vacinação do que da infeção e que, neste último caso, há uma enorme diferença entre os assintomáticos e os que tiveram Covid grave. Até agora, os que mostraram maior resposta imunitária foram os que recuperados da doença que depois foram vacinados.
Duração: Apesar da comprovada diminuição dos níveis de anticorpos ao longo do tempo, a ciência já percebeu que isto pode não ser relevante na prevenção de doença grave. O sistema imunitário recorda o que tem a fazer e responde rapidamente em caso de infeção. Com o SARS-CoV-2 a circular há cerca de 15 meses, já se percebeu que um ano depois da infeção continua a haver resposta imunitária e os estudos com as vacinas vão no mesmo sentido.
Localização: Onde está a imunidade pode parecer uma questão inútil ou até disparatada à primeira vista, mas os anticorpos que são encontrados no nariz e nos pulmões são diferentes dos presentes no sangue. Os primeiros, as Imunoglobulinas A funcionam como uma barreira para a infeção e aqui, estão em vantagem os que já tiveram Covid-19 (e, por isso, já estão em investigação vacinas para administração via nasal).
(Fonte: Visão)
Para começar, há diferenças acentuadas na forma como o sistema imunitário lida com uma e outra coisa.
O que se sabe:
Alcance: A resposta imunitária é maior depois de ter estado infetado do que com a vacinação. Com qualquer uma das vacinas, o corpo aprende a localizar e reagir à proteína de espícula, mas o SARS-CoV-2 conta com mais 28 proteínas que usa para “sequestrar” as nossas células e replicar-se milhares de vezes. Isto quer dizer, explica Eleanor Riley, imunologista da Universidade de Edimburgo, à BBC, que quem esteve infetado pode ter melhor imunidade às novas variantes, já que o seu sistema imunitário reconhece mais do que a proteína spike.
Eficácia: Já é claro, agora, que quem apanhou o vírus uma vez pode apanhar mais e que os vacinados também podem ser infetados. Pelo lado da vacina, importa insistir que a sua eficácia elevadíssima é em evitar doença grave, hospitalização e morte. Portanto, quando se fala em eficácia, fala-se, por enquanto, em proteger nestes aspetos e, aqui, tanto a infeção com a vacina parecem ser igualmente eficazes. O que se sabe é que os níveis de anticorpos são, em média, mais altos um mês depois da vacinação do que da infeção e que, neste último caso, há uma enorme diferença entre os assintomáticos e os que tiveram Covid grave. Até agora, os que mostraram maior resposta imunitária foram os que recuperados da doença que depois foram vacinados.
Duração: Apesar da comprovada diminuição dos níveis de anticorpos ao longo do tempo, a ciência já percebeu que isto pode não ser relevante na prevenção de doença grave. O sistema imunitário recorda o que tem a fazer e responde rapidamente em caso de infeção. Com o SARS-CoV-2 a circular há cerca de 15 meses, já se percebeu que um ano depois da infeção continua a haver resposta imunitária e os estudos com as vacinas vão no mesmo sentido.
Localização: Onde está a imunidade pode parecer uma questão inútil ou até disparatada à primeira vista, mas os anticorpos que são encontrados no nariz e nos pulmões são diferentes dos presentes no sangue. Os primeiros, as Imunoglobulinas A funcionam como uma barreira para a infeção e aqui, estão em vantagem os que já tiveram Covid-19 (e, por isso, já estão em investigação vacinas para administração via nasal).
(Fonte: Visão)
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