Perante o dantesco das águas soltas pelo Mundo com a destruição da Barragem de Kakhovka, não adiantam considerações legais, avaliações científicas, cálculos geoestratégicos, tácticas militares. É a política sem regras ou limites, é a guerra de regresso aos extremos do século XX onde o extermínio do inimigo significa a erradicação da terra, a aniquilação da cultura, a abolição de uma identidade. Confesso que as imagens da água a fugir da Barragem são uma visão amarga e triste. São a imagem de uma melancolia contínua que se espalha pelo coração da Europa como se um veneno corresse nas nossas veias. Sete salmos pela Europa. Sete palmos pela Ucrânia. (Carlos Marques de Almeida, ECO)
Sem comentários:
Enviar um comentário