Decorre por estes dias em Lisboa um congresso em que, segundo as notícias, os jornalistas são convidados a resolver o seguinte “paradoxo”: a imprensa existe para servir o “interesse público”, mas o “modelo capitalista que sustenta as empresas jornalísticas impõe” o “primado do lucro financeiro”. De facto, o paradoxo que daqui decorre é outro: como é que profissionais que dizem trabalhar para informar o público podem estar, eles próprios, tão pouco informados?
A contradição entre interesse público e lucro privado é, na imprensa como em outras actividades, uma contradição falsa. Empresas financeiramente saudáveis são a maior garantia de independência e desenvolvimento da comunicação social. Se um jornal, rádio ou televisão der lucro, é porque teve a força necessária para atrair leitores, ouvintes e espectadores, e também anunciantes e outros parceiros. Só assim a imprensa pode ser o “quarto poder”. Nenhum poder é poder se estiver falido e dependente.Mas não é assim que se encara a imprensa em Portugal. Demasiada gente, perante as dificuldades de um grupo de comunicação social, chama logo o Estado.
A contradição entre interesse público e lucro privado é, na imprensa como em outras actividades, uma contradição falsa. Empresas financeiramente saudáveis são a maior garantia de independência e desenvolvimento da comunicação social. Se um jornal, rádio ou televisão der lucro, é porque teve a força necessária para atrair leitores, ouvintes e espectadores, e também anunciantes e outros parceiros. Só assim a imprensa pode ser o “quarto poder”. Nenhum poder é poder se estiver falido e dependente.Mas não é assim que se encara a imprensa em Portugal. Demasiada gente, perante as dificuldades de um grupo de comunicação social, chama logo o Estado.
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