Enquanto o foco for a regulação, a União Europeia estará " a conduzir a Europa para a irrelevância", como alertou há algumas semanas o CEO da Ericsson. (André Veríssimo,
ECO)
Se há algo em que a União Europeia é líder incontestada é na regulação. Tirando algumas exceções, como os impostos ou a política de defesa, onde tem competências muito limitadas, pouco existe que não se reja por regras emanadas pela tecnocracia comunitária.
A regulação tem várias vantagens. Traz segurança jurídica, reforça a confiança dos agentes económicos, garante proteção aos consumidores, cria transparência e promove a integridade dos mercados. Sem ela, não teríamos algo tão crítico para a UE como um mercado único europeu funcional e vibrante.
É também importante para forçar transformações. Sem o incentivo da regulação as metas de descarbonização na UE não passariam de meras fantasias.
O problema é quando se vai longe demais. Em excesso, a regulação impõe custos muito significativos às empresas, limita o seu crescimento, funciona como uma barreira à entrada de novas empresas no mercado e limita a inovação. (...)
Nas últimas décadas, o que sobra em regulação tem faltado em capacidade de competir em inovação tecnológica com os Estados Unidos e, mais recentemente, com a China. A lista das empresas com maior valor bolsista do mundo é reveladora. As seis primeiras são todas americanas: Microsoft, Apple, NVIDIA, Alphabet, Amazon e Meta. Alargando ao top 10, os únicos “intrusos” são a TSMC, de Taiwan, e a chinesa Tencent. (...)
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