sexta-feira, 24 de maio de 2024

Quando Não Há Incidentes, Inventam-se

De repente, o país comentador pressentiu que talvez nada tivesse existido: nem linchamento, nem criança. (*) Perguntar-me-ão: e esse país, de indignação tão pronta, não se indignou outra vez com a falsidade da notícia? Não, não se indignou. Calou-se. Passou à frente.  (Rui Ramos, OBSR)

Porquê? Porque esta notícia falsa foi uma ocasião para exalar superioridade moral contra a “xenofobia” e o “racismo”. Como tal, foi uma boa notícia falsa. Serviço público, como dizem os entusiastas.

Que sugere esta história? Que há na sociedade portuguesa, como no resto do Ocidente, uma máquina de inventar racismo, em que muita gente está ansiosa por meter a sua moeda. Se preferirem, acreditem que é apenas uma excentricidade da época. Mas não. Faz parte da luta política. Nos últimos anos, a esquerda que se diz centrista abriu-se à influência da extrema-esquerda, e facilitou-lhe a entrada nas instituições.

Quando não há incidentes, inventam-se, seguindo a velha regra do jornalista anti-clerical de Eça de Queiroz. Foi o que vimos.  

Nota (*) : A actualidade continua a não nos faltar com pequenos factos luminosos. O último foi este: em escola de Lisboa, uma “criança nepalesa de 9 anos” teria sido “linchada” por colegas da sua idade, ébrios de “xenofobia e racismo”.

Sem comentários: