Não há nada de errado com esses setores em si; são essenciais e merecem dignidade. Mas é um erro crasso exigir um padrão de vida escandinavo com uma estrutura económica que ainda opera a um nível muito aquém da média europeia em termos de produtividade e inovação. Em vez de reconhecermos esta limitação e trabalharmos para superá-la — através de mais qualificação, melhores competências e setores mais competitivos — opta-se muitas vezes pela vitimização fácil e pelo conforto do consumo a crédito. (...)
quinta-feira, 3 de julho de 2025
A Frase (163)
Vivemos mergulhados numa pobreza que não é de meios, mas de mentalidade (a pobre classe média). Uma pobreza aspiracional, sustentada a crédito, mantida por ilusões e empurrada por incentivos perversos. Uma espécie de teatro trágico nacional, onde se exige vida de luxo com salário de base, e se glorifica o consumo como se fosse prova de estatuto moral. (João Tovar Salles, ECO)
O único caminho sólido para sair da precariedade não é o crédito, é o investimento em capital humano. Educação, formação profissional, competências digitais e linguísticas. É isto que permite a uma pessoa não depender eternamente do salário mínimo nem de prestações a 48 meses. Mas exige esforço, paciência, sacrifício. Palavras malditas numa sociedade cada vez mais infantilizada, onde o desejo instantâneo substituiu o mérito.
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